Republicação
Caranguejos à “Luz do dia”…
Caranguejos à “Luz do dia”…
por Carlos Barros
O rio Cávado,
embora sonolento, despertava e, com as suas
águas límpidas e espelhadas, corria vagarosamente para montante, beijando os
juncais, o limo que serpenteava no leito do rio e a bodelha, airosamente
dançava, agarrada à penedia que a acorrentava.
As gaivotas
argentíferas espalhavam-se nos areais, atentas ao que se passava à superfície
do rio, arregalando os olhos quando uns
peixinhos, ainda alevins, vinham à superfície, provocando pequenas ondulações que
se perdiam contra os baixios das “croas”.
A motora do
João Libânio, “Flor de Esposende” ficou
atracada , nesse sábado e a sua tripulação ficou em terra para “arranjar” as
redes contudo, nesse tempo de penúria social e económica,
urgia encontrar meios de subsistência e o Dimas e o João, ainda jovens, eram
pescadores muito trabalhadores e não desperdiçavam oportunidades para pescar no rio ou mar, quando este deixava…