Hoje, numa
das minhas visitas diárias ao cemitério, coincidiu com uma homenagem que o
Arciprestado, comemorando o seu Centenário, estava a fazer às pessoas que
estiveram na origem das Festas da Sª da Saúde.
Até aqui
tudo bem!
Qual foi
o meu espanto quando ouvi através das instalações sonoras, que seriam
depositadas duas coroas em flores, uma nos Párocos que ali estavam sepultados e
que serviram Esposende, a outra na sepultura de uma pessoa falecida recentemente
e que pertenceu à comissão de festas (também recentemente), homenageando nessa
pessoa, todos os outros festeiros.
A coroa de homenagem aos Párocos foi depositada no
cruzeiro, aí tudo bem. Por que a outra coroa foi depositada na sepultura,
apenas, de um ex-membro da comissão de festas e não no cruzeiro?
Na minha
simples e modesta opinião não pode haver atitude mais discriminatória a quem
tanto trabalhou, seguidamente anos e anos sem conta, para que em Esposende
houvesse sempre festas, que são centenárias, e que nunca as deixaram acabar, por
muita, muita dificuldade financeira que sempre existiu. Eram Esposendenses
Bairristas, sentiam o palpitar do sangue de Esposende no seu coração, e,
sempre, sempre cumprindo com as tradições, coisa que hoje não acontece!
Como eu
me lembro, ainda pequeno, do Sr. Manuel Areias, do Sr. Zão(Pai), do Sr. Passos
da Adriana. Tantos anos esses Homens fizeram as festas, e outos, mais recentemente,
os Irmãos Miranda (Manuel e António), do M. Pinto, António Zão e tantos, tantos
outros, uma lista infindável, que me perdoem não falar em todos, porque não
lembro, porque foram centenas....
Como é possível
esquecer toda essa gente, como é possível?
Para todas
essas pessoas, que se dedicaram e trabalharam para que hoje ainda seja possível
lembrar as festas, vão as minhas sentidas e justas Homenagens, porque
onde estiverem podem ter a certeza, aqui na minha terra, ainda há pessoas, há
Esposendenses, que reconhecem o vosso trabalho, são gratos e agradecidos eternamente,
por tudo aquilo que fizeram pela nossa Terra.
Bem
Hajam!
a.pinto