ESPOSENDE E O SEU CONCELHO


quinta-feira, 22 de junho de 2023

Concurso de Desenho Infantil de Esposende da Fundação MOA

 

Dez alunos do concelho premiados no Concurso de Desenho Infantil de Esposende da Fundação MOA

Dez alunos do 1.º ciclo do ensino básico do concelho foram distinguidos no III Concurso de Desenho Infantil de Esposende da Fundação MOA. 

 

Em sessão realizada, no Auditório da Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, em Esposende, teve lugar, no passado dia 20 de junho, a entrega dos prémios aos alunos vencedores e à aluna Ema Cruz, que conquistou o 3.º lugar no Concurso Internacional de Desenho Infantil MOA 2022, que decorreu no Japão, no final do ano passado. A obra desta aluna da Escola Básica de Esposende, vencedora do 1.º prémio em Esposende no último ano letivo, foi distinguida no concurso internacional, que contou com 165.061 inscrições de 4884 escolas de vários países, sendo que o prémio foi uma obra de arte em Prata do Museu da MOA, de Atami.

Município de Esposende

 

Município de Esposende aprova moção contra o encerramento do balcão do BPI em Apúlia

O Município de Esposende está frontalmente contra o anunciado encerramento do Balcão de Apúlia do Banco Português de Investimento (BPI). Neste sentido, aprovou hoje, em reunião do executivo e por unanimidade, uma moção que será submetida à apreciação e votação da Assembleia Municipal de Esposende, já na sessão ordinária do próximo dia 29 de junho.

A Câmara Municipal de Esposende assume uma categórica posição de “defesa da população de Apúlia, porque fica privada de serviços públicos bancários de proximidade, facto agravado pelo encerramento verificado, anteriormente, em freguesias vizinhas, deixando a parte sul do concelho, com mais de 10 mil habitantes, sem qualquer agência bancária para resposta às necessidades das populações”.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

CONVITE

 

CONVITE 

O Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Arq. Benjamim Pereira, convida para a Inauguração das “Instalações Artísticas na Natureza”, concebidas no âmbito do projeto de arte ambiental e participativa “Por um galho – Intervenção Social e Artística na Natureza”, da Associação GRASSA - Grupo de Ação de Solidariedade Social de Antas, que se realiza no próximo sábado, dia 24 de junho, com a presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. O evento, com apresentação performativa, consiste num percurso pedonal ao longo da margem sul do rio Neiva, onde se encontram as 5 instalações, com início nas Azenhas do Minante e término na Foz do Neiva, na freguesia de Antas.

 

Programa:

 

15h30 – Instalação “Sonhos tecidos”

Receção aos convidados

Ação performativa

Início do percurso

Local: Azenhas do Minante – Antas

 

16h30 – Instalação “A roda”

Ação performativa

Local: Carvalha – Antas

 

terça-feira, 20 de junho de 2023

“Conversando com Onésimo Teotónio Almeida”

Conversando com Onésimo Teotónio Almeida”, diálogo assente no espírito da diáspora e da mundividência onde não faltará o humor, a simplicidade e a amabilidade que fazem dele um extraordinário contador de histórias.

Onésimo Teotónio Almeida, escritor, filósofo, ensaísta, distinto académico, é um dos maiores pensadores da atualidade. A conversa será moderada por Sérgio Guimarães de Sousa,  docente da Universidade do Minho, também com inúmera obra publicada na área dos estudos literários e seu amigo pessoal. Um momento único a não perder.
 

Município de Esposende promove produtos endógenos agroalimentares e artesanato local

 

Município de Esposende promove produtos endógenos agroalimentares e artesanato local

Aproveitando a época de verão, o Município de Esposende vai apostar na promoção dos produtos endógenos agroalimentares e do artesanato local, dando, por esta via, maior visibilidade ao ESlocal - Programa de Incentivo à Produção e Consumo de Produtos Locais.

Assim, durante os meses de julho, agosto e setembro, na Zona Ribeirinha de Esposende, diversos produtores e artesãos do concelho vão dar a conhecer os seus produtos, aproveitando este período em que se regista uma maior afluência de turistas e visitantes e o regresso de muitos emigrantes à sua terra natal.

domingo, 18 de junho de 2023

“Voz Desportiva do Jandirinha”

                              Voz Desportiva do Jandirinha”

2022/2023

A V.D.J. não se “cala” mesmo nos tempos em que a prática desportiva esteja e “ponto morto”  em a ADE , apesar de tudo e neste interregno dos campeonatos  da AFB, tem quase  sempre informações a dar como prova reveladora que o Esposende-ADE- está sempre em atividade, qualquer que seja a modalidade, dentro do ecletismo da ADE que não “vive só” do futebol e os Adezinhos”  constituem o “fermento” do futuro do Esposende.

Nos sub 15 os nossos “meninos” participaram e venceram o Torneio Brufense Cup 2023 de uma forma brilhante.

Uma outra equipa da ADE , também participou, em 3 dias, no Pombal Cup 2023 , alcançando o primeiro lugar , sendo considerado o melhor jogador deste  Torneio Pombalense , o esposendense  André Vila Cova e “filho de peixe sabe nadar”…

Não devemos esquecer, o Torneio  dos Lobinhos , organizado pela ADE, em que envolveu mais de 1000 atletas  e 90 equipas  de várias categorias: Petizes, Traquinas,, Benjamins, Infantis e uma equipa femininasub 13.

Decorreu o  36º Torneio Internacional de Futebol Infantil das Marinhas, sendo o vencedor o F.C. Porto que venceu na final, o Sporting C.P. por 1-0. Ainda hoje, não entendemos porque a ADE nunca foi convidada para este Torneio, sempre bem organizado pela Direção do Marinhas e  o clube mais representativo e com melhor historial do concelho de Esposende, a ADE , foi sempre discriminado, nestes 36 anos, e é esse mesmo o termo a aplicar neste caso… A  ADE tem e sempre teve uma boa Formação com resultados sobejamente conhecidos, assim como o Marinhas.

Urge repensar nesta injustiça por parte da Direção do Marinhas e da Câmara Municipal de Esposende.

Os nossos parabéns à ADE,  a todos os seus  atletas, técnicos, massagistas, diretores, coordenadores e pais que acompanharam os seus filhos e familiares aos vários jogos que realizaram  nos Torneios previamente  referidos assim como, aos Clubes organizadores que propiciaram as condições ideais para o bom funcionamento desses Torneios.

Sem  desprimor para os demais colaboradores, uma saudação e felicitação  especial  para o professor Rui Pereira, uma “Alma Viva” dos nossos ADEZINHOS que foram “ADEZÕES”, autênticos “lobinhos do mar” nos jogos em que participaram.

Agora esperemos para o grande duelo, do Norte-Sul, no dia 24 de junho, pelas 16 horas no nosso estádio Padre Sá Pereira e vamos a caminho do 59º jogo de futebol destas velhas/jovens guardas….

Um abraço para os nossos leitores

V.D.J

Carlos M. Lima Barros

Esposende, 18 de junho de 2023

sábado, 17 de junho de 2023

A estacada em Esposende…

 

A estacada em Esposende…

Estava na Escola de Asnela-Riodouro – e perguntei aos meus alunos se conheciam a lampreia ou ouviram falar dela e a resposta foi quase unânime e responderam negativamente e como o tema do Estudo do Meio era sobre as Atividades Económicas, apresentei esta história que foi explorada  em várias aulas.

 Naturalmente, que este texto foi resumido e simplificado para os meus alunos do 3º/4º anos de escolaridade e esta narrativa foi enviada para um jornal e, mais tarde, publicada.

Foi tradição em Esposende, durante longos anos, a utilização da estacada – inúmeras estacas de pinho, espetadas na areia do rio – leito- em forma de  bico, chamado fojo-abrangendo parcialmente   as duas margens do rio Cávado. A rede era presa nas referidas estacas-toros de pinho- e iam para o fundo, com apoio dos garruchos-cordaspresas às estacas-.

Os paus –estacas- eram compradas ou surripiadas pelos pescadores nas bouças e eram espetadas com o auxílio de um “maço de madeira”. A estacada funcionava em “sociedade” entre os pescadores de Esposende e de Fão, em dias alternados e a rede só podia ser instalada ao nascer dosol  eao pôr-do-sol, tinha de ser retirada,  e este procedimento visava a preservação da espécie – ciclóstumes-.

 Os traquejados pescadores de Fão- António Borda, Tone Lírio, Arménio, Ascánio…, com os seus barquinhos , colocavam-se  perto do “vértice”-fojo- da estacada e com os seus bicheiros apanhavam as lampreias que se aglomeravam em grande número e os pescadores de Esposende, - CandidoCurico, tio David Loureiro, Santos , João Careca, Zé “Bebado”, Álvaro e  João  Fá, Serafim,  Guedes…- atuavam  da mesma maneira, recolhendo para os seus barcos,  as preciosas e fugídias lampreias.

O dia dezoito de  Dezembro era o inicio da safra da lampreia e terminava a quinze de Abril e nesse período, pescavam-se milhares de lampreias que se vendiam, ao quilo,isto na época-1960… por vinte  escudos, ou cinquenta escudos conforme a quantidade e, mais tarde, eram vendidas à unidade , como hoje sucede.

Nos rigores do inverno, com as enxurradas, as redes eram arrastadas e perdiam-se no rio ou no mar, causando prejuízos aos pescadores, perante uma barra-Foz- sempre pérfida e  perigosa.

 No período da estacada era proibido aos pescadores, apanharem lampreias, na barra ou no rio, com as fisgas,e os pescadores de Fão e de Esposende, mantinha vigilância apertada na barra para impedir que alguém transgredisse, violando, deste modo, o acordo entre os pescadores das duas vilas do nosso concelho. Naturalmente, às escondidas, “caçavam-se” lampreias porque era muito difícil manter um controlo e vigilância absoluta e, pela “calada da noite”, as lampreias eram fisgadas e só paravam em casa dos transgressores/surripiadores.

 Um dia, o  Santos, um jovem pescador astuto,fugindo à mãe, a tia Maria Fifas, foi para a barra pela tardinha, acompanhado de uns amigos também pescadores e resolveram apanhar umas lampreias, “à socapa”  e organizaram um plano de actuação para não serem vistos. Com um bicheiro escondido no meio de uns arbustos, lá foram para a Foz do nosso rio Cávado, num dia de nevoeiro e não se encontrava ninguém na praia, pensavam eles!…. Estava  um ambiente para grandes façanhas, com uma neblina que ajudava à aventura…

No dia anterior, o Milo, mais conhecido, pelo Rosas, tinha apanhado duas lampreias no cais da barra mas, por mero acaso, não tinha sido descoberto!

O Santos em colaboração com os seus amigos, num curto período de tempo, apanharamquatro lampreias, muito “taludas” e todos ficaram radiantes até que apareceu uma surpresa!

O Tio Guedes que andava na vigilância, no meio do nevoeiro cerrado e viu aqueles meliantes com as lampreias e mandou pô-las ao rio, perante o desespero do Santos que pedia ao Senhor dos Aflitos para que o tio Guedes mudasse de ideias!..

-Caluda, meus vadios, lampreias ao rio e já, senão à “molho” pela certa, ameaçou o Tio Guedes, homem corpulento e de elevado sentido de justiça.

As lampreias já condenadas, “viram” uma luz ao fundo do túnel já que o Tio Guedes parecia ser o patrono delas…

Muito desanimado, o Santos, sob os olhares do restante maralhal,  teve que lançar as lampreias para o rio e, uma vez libertadas, continuaram a sua “caminhada” provavelmente, a caminho da estacada mas aqui sim, poderiam ser apanhadas porque a tradição e a lei , assim o permitia…

O Santos olhou para o Álvaro” Mudo” e para o seu irmão Serafim e disse-lhes:

-Ficamos com o dia estragado por causa deste tio Guedes e por hoje, estamos desgraçados que não há “Money-pataco- para ninguém!…O Álvaro “Mudo”, cabisbaixo olhava tristonho para a sua japona esverdeada e de soslaio olhou para o Santos e  desabafou:

-Ficamos em seco “irmão” e eu que pensava beber umas tigelas de vinho no Barrigana , na Lucas ou mesmo ao Abilio Coutinho que tem lá uma” pinga” do Tio Firmino de Vila Cova que nem imaginas! Até pinta o fundo da malguinha…

Mas quem não arrisca, não petisca, dizia o Santos para os seus amigos, pois amanhã, vamos tentar outra vez, mas só quando o tio Guedes estiver a dormir a soneca lá em casa…

 Uma nova incursão ao rio, pela noitinha, com o Tio Guedes a dormir um sono profundo, segundo informações fornecidas pelos filhos, o trio de aventureiros lá foram, com os longos bicheiros às costas, para o “cú de baleia” e conseguiram fisgar 7 lampreias que foram divididas pelos três e logo vendidas aos “banhistas” por 50 escudos, cada uma.

 Como a divisão  das lampreias  entre eles, não era exata, duas para cada um, a que sobrou foi para   a tia Amália dos tremoços que não comia lampreia há muito tempo, como tinha confessado , na mercearia/armazém do Coutinho quando tinha ido comprar tremoços para “curar” nas escadinhas do rio.

  O “trio da ribeira” ficou radiante da vida e o dinheiro deu pra comprar uma bola de “capão” para rolar na ribeira, em jogos a “cinco croas” e durante uns dias , estes amigos  da venda das lampreias , amealharam um pecúlio para uns lanches no “Zip Zip” ou umas sandes, com finos a acompanhar, no Café da  Havaneza onde o Jerónimo, zeloso empregado de mesa, os servia com aquele sorriso sempre brincalhão.

 

Nota: “estória” real, com personagens também reais.

 

Esposende, 18 de janeiro  de 2023

“O Bóias”

Carlos M. L. Barros