ESPOSENDE E O SEU CONCELHO


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O orgulho de cumprir


Cá estamos chegados ao dia em que o Município de Esposende encerrará o ano financeiro de 2012 com todos os subsídios transferidos, todos os autos de empreitadas pagos e com todas as facturas liquidadas.

(...)

Se o país tivesse sido gerido ao longo dos anos com o mesmo rigor e com a mesma seriedade, hoje os portugueses não estariam a fazer os gigantescos sacrifícios que lhes têm sido impostos.

(...)

Dedico aos trabalhadores da Câmara Municipal, que muito me têm ajudado ao longo destes quase 15 anos que levo como presidente da Autarquia, e dedico especialmente a todos os munícipes que sempre acreditaram em nós e sempre nos apoiaram.

Bem sei que nos dias que correm os louvores dos poderosos vão inteirinhos para os que gerem e geriram as autarquias gastando o que tinham e o que não tinham. A expressão "têm dívidas mas fizeram obra", que tantas vezes se ouve, é bem elucidativa, assim como certas candidaturas às próximas eleições autárquicas já anunciadas com pompa e circunstância.

Pela parte que me toca, continuo a preferir ser eventualmente criticado por fazer um pouco menos, mas garantir que Esposende não aparece na lista dos caloteiros.
Leia aqui o post na íntegra.
Fonte: http://joaocepa.blogspot.com.br/

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Imagens do CONCELHO - Esposende

Foto: FR/2010

“E bota o ano velho fora...E venha o novo cá p’ra dentro...”

REVIVER A TRADIÇÃO DO 
"ANO VELHO"
VAMOS BOTAR O ANO VELHO FORA
31 dezembro 
pelas 17h 
Local: Largo dos Peixinhos
Organização: Junta da Freguesia de Esposende

Feira de Velharias de Esposende destaca artigos de Cristina Braga



À semelhança do que sucede com a Feira de Artesanato, também a Feira de Velharias do Município de Esposende vai dar destaque a um participante, em cada edição. Assim, na primeira feira do ano de 2013, a realizar no dia 6 de Janeiro, estará em foco a bracarense Cristina Braga.


Presença regular na Feira de Velharias de Esposende, Cristina Braga percorre o norte do país, em diversos eventos, desde feiras de velharias, antiguidades, usados e feiras do livro.

Iniciou-se nestas andanças há cerca de 17 anos, influenciada pelo pai, filatelista, que frequentava feiras de trocas. Cristina começou por vender faianças, louça variada, objectos decorativos e do lar e utensílios diversos, mas aos poucos foi variando o espólio, até que passou a comercializar apenas um tipo de artigo: livros usados. Hoje, Cristina Braga conta com largos milhares de volumes, que vai alternando em cada feira. Possui diversas monografias e muitos livros de Esposende, que, já esgotados, só se encontram em segunda mão.

Na próxima Feira de Velharias de Esposende, Cristina Braga terá disponível uma vasta colecção de livros, romances e contos, de temáticas variadas, para todos os gostos, a preços muito convidativos. Destaque para a obra “Oito séculos de Arte”, de Reynaldo dos Santos, que estará com uma redução de preço significativa, chegando a cerca de 40% do valor de mercado.

A Feira de Velharias de Esposende é organizada pela Câmara Municipal de Esposende e realiza-se no primeiro domingo de cada mês, entre as 10h00 e as 19h00, no Largo Rodrigues Sampaio, na cidade de Esposende. Este certame visa a promoção, venda, compra e troca de velharias, antiguidades e coleccionismo, designadamente artefactos etnográficos, bibelots, quinquilharias, livros, discos, jornais, revistas, selos, postais, moedas, relógios, máquinas, mobiliário, artigos para o lar e peças de arte.

O Serviço de Comunicação e Imagem da CME

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Últimos resultados e próximos jogos oficiais do FC Marinhas


Incêndio deflagra em prédio de Esposende

Fonte: Jornal de Notícias
Um violento incêndio deflagrou na garagem de um prédio, esta tarde de quarta-feira, em Eposende. Com alerta às 16.45 horas, numa primeira fase, deslocaram-se para o local, junto ao hipermercado Atlas, os Bombeiros Voluntários de Esposende, mais tarde reforçados com a corporação de Fão.
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Esposende&Option=Interior&content_id=2964994

Uma grande mulher, deixou-nos...

        Maria Adelaide Marques Miquelino era  tratada por  mim, por " tia Laida", estremosa mãe, virtuosa esposa e uma MULHER que enfrentou a vida com coragem, abnegação, luta perante as adversidades daquele  "tempo antigo"-, em que a vida era como "um touro bravo" que todos nós , especialmente os nossos pais, tinham de lidar e pegar o "animal” (vida) pelos cornos ou de cernelha. Era o tempo da fome, da miséria, da opressão, das carências gritantes que todos nós, portugueses, sentimos na pele.
Andar calçado ou vestir roupa nova, era um luxo para as crianças e adultos desse "tempo antigo", já que alguns amigos meus, só calçavam sapatos ou botas,  quando iam à missa ou iam a um passeio da escola à volta ao Minho ou ao Sameiro...
          Perante esta sociedade adversa, a tia Laida criou dez filhos, todos rapazes e raparigas  maravilhosas, de que nutro especial amizade desde o meu tempo de infância e, como ia dizendo, a tia Laida trabalhou como uma escrava, como  dizia o Zé Meira, seu familiar, labutando no dia a dia para sustentar a família, sempre com o tio Miquelino, seu marido,  a ajudar corajosamente, na faina piscatória ou  no exercício das suas funções, no "salva Vidas".
           Relembro-me perfeitamente, a tia Laida a chegar à loja/mercearia do meu tio Abílio Coutinho e dizia-me:
- Menino dá-me um litro de vinho!
-Olha pesa-me um quilo de farinha ou mede-me  meio litro de azeite!
 -Carlinhos pesa-me aquele bocado de sabão amarelo ou rosa! Esse não, mas o mais pequenino!...
- Menino, "assenta" aí  no rol ou paga-te daqui...
          Com a sua ímpar e sublime simpatia, a tia Laida despedia-se com um até logo, sempre  aflita pelas "andanças " dos filhos na ribeira ou nos quintais porque era proibido não brincar ou não jogar à bola...
             A tia Laida não olhava a meios para angariar umas "croas" para  sustento da família e à minha mãe, Jandira como feiranta, guardava-lhe os "paus da feira" no seu quintal e, mais tarde, deixava-os encostados à Alfândega e a tia Laida sabia, como ninguém, os proprietários desses "paus da feira" no meio daquela "selva" agrupada de paus e varas dos feirantes.
 Foi esta Ribeira da imagem,  que testemunhará, para os vindouros,  a vida árdua que os pescadores e peixeiras de Esposende sofreram na pele e o "monumento ao pescador" é o símbolo dessa tenacidade, coragem,  força musculada,  e sofrimento desta classe social e profissional que "carimbam" Esposende como "terra de   mareantes" e pescadores destemidos.
 Sempre que a via, o Carlinhos  da Jandira prestava-lhe a merecida vénia de  saudação porque a tia Laida e o sr. Miquelino são  "cidadãos desta pequena cidade" de que nos podemos orgulhar porque  são símbolos de luta e de trabalho que levaram a criar e formar os seus queridos filhos e filhas que são baluartes de referência da família Miquelino.
           Para a família Miquelino, apenas direi que foram felizes por terem uma Mãe, como a tia Laida e um Pai que sempre esteve ao seu lado da esposa, e, nos últimos tempos, lá estava o casalinho Miquelino, sentados no banco encostado ao café do mercado, conversando com o Chana-Rogério- Chico, Milo, Paulo Fá, João Careca entre outros amigos, acariciando o sol, cheirando a maresia ou vaticinando o tempo e o mar para amanhã, em que o tio Miquelino era um "expert" da Meteorologia e raramente falhava.... Era a experiência da vida, de um pescador em que o rio e o mar contavam os seus segredos...
         Para a família Miquelino, os sentidos pêsames de todos nós esposendenses, mesmo os que estão  longe da nossa terra-Fernando Rites-S.Luís do Maranhão no Brasil- entre outros, que também sentirão a falta da tia Laida do Miquelino.
           A tia Laida repousará no "trono Divino" porque as mulheres boas merecem o Céu.

Carlos Manuel de Lima Barros
Esposende 26 de dezembro de 2012