"sempre a recordar, para sempre recuperar..."
Quando? Quando? Quando?
Quem espera, não desespera, isto para já!...
Tinha sete aninhos já feitos, quando o Carlinhos da Jandira, em pleno Inverno, saiu de casa de botas de pneu de avião, bem sebadas, aí vai ele, com os bolsos cheios de miolinho de broa, para o seu jardim, dar de comer aos peixinhos vermelhos, eternos amigos.
Numa grande correria pela calçada velha da ex-Rua General Roçadas, actual Rua Ventura Terra, o Carlinhos com o casaquinho a esvoaçar ao vento frio, que atormentava o seu rosto infantil.
Quando o Carlinhos chegou ao jardim, um ambiente se surpresa e de festividade "fertilizou" os seus olhinhos. Pôs a mão na sua cabecinha, limpou o "corropio" de restos de "neblina matinal", marca de nascença, e parou no tempo....
O jardim tinha em seu redor uma fita larga e os bancos ripados estavam cobertos por panos.
Estavamos no dia 24 de Dezembro de 1957 e o que ia acontecer nesse dia?