Veio a lume que já está preparado
para a região Norte o novo mapa administrativo e o concelho de Esposende
passará, segundo as geringonças da Administração Interna, de 15 freguesias
para 9 freguesias, ficando 4 delas sózinhas, talvez por alma do divino
favor ou do satânico arranjo, não se percebendo o critério de tal
isolacionismo. Compreende-se que Esposende se junte aos vizinhos que já fazem
parte da sua área urbana, precisamente Marinhas e Gandra, não se compreende a
junção de duas vilas como Fão e Apúlia, o que irá provocar conflitos a prazo e
não se entende por que razões os projetistas deste modelo abacocado, deixam
Forjães e os seus vizinhos isolados, concretamente Vila Chã e Antas. Será uma
cena quântica do poder autárquico participada ao ministro Relvas?
Forjães deve ter o "efeito-capital do Neiva", Vila-Chã, o efeito castrejo
e Antas, o efeito megalítico! Já Gemeses, freguesia que não se une aos demais
vizinhos, deverá ter um efeito "Quinta da Barca" ou algo
semelhante que a torna imune às junções. Não se vai ganhar nada em termos
económicos, nem na eficiência administrativa do território porque não é
por diminuir ao peso das juntas de freguesia que se ganhará muito dinheiro.
(...)
Sob o ponto de vista cultural é o
maior disparate que eu já vi alguma vez! Mas, para um país que perde a sua
identidade cultural, os seus valores éticos e morais, a sua independência económica,
tudo vale a pena e pode ser até escabroso, pois forças externas mandam em nós
por não conhecerem nada das nossas localidades e das nossas populações.