Piloto português, Campeão do Mundo de Ralis Todo-o-Terreno, está satisfeito com a prestação lusa no Brasil
Paulo Gonçalves, Campeão do Mundo de Ralis Todo-o-Terreno, regressou a Portugal depois de alcançar o segundo lugar na quinta e penúltima ronda do Campeonato do Mundo de Ralis Todo-o-Terreno, o Rally dos Sertões, no Brasil, prova onde se distinguiu como o piloto mais vitorioso ao vencer cinco dos oito dias que compuseram o programa da competição.
Depois de uma disputada luta contra o espanhol Marc Coma, que somente ficou decidida no derradeiro dia de prova, e por escassa margem, Paulo Gonçalves permanece de olhos postos na renovação do título mundial e saiu do Brasil com a confiança no bom trabalho até então realizado.
“Só posso estar satisfeito, está a ser um ano de grande evidência para a equipa Honda HRC, temos os três pilotos oficiais nos quatro primeiros lugares do Campeonato do Mundo. Temos vindo a desenvolver um excelente trabalho de evolução na Honda CRF 450 Rally, a mota está perfeita e com um grande nível de competição, creio que a continuar assim as alegrias vão continuar a ser ainda maiores. Resta-nos uma prova, em Marrocos, e tudo está em aberto na luta pelo título que espero vir a ser novamente meu em Outubro”, comentou o piloto português.
«O planeta é uma bola, mas Portugal não!»
Para Paulo Gonçalves, o Motociclismo Todo-o-Terreno tem crescido de notoriedade em Portugal mas o apoio continua de aspeto muito “redondo”.
“O país continua francamente virado para o futebol. O planeta Terra é uma bola, mas Portugal não! Portugal está no topo do Todo-o-Terreno mundial mas nem assim os apoios crescem para esta e outras modalidades que colocam o país na boca do mundo por boas razões. Fomos três portugueses em prova, eu, o Hélder [Rodrigues] e o Ruben [Faria], e ambos estivemos em luta pelos lugares cimeiros. Foi incrível o apoio e o carinho que recebemos no Brasil, a forma como os adeptos brasileiros vibraram com a nossa passagem fez lembrar o Dakar, é sem dúvida alguma fantástico. Estamos a falar de um país onde o futebol é também um desporto rei, mas nem assim encobre os outros desportos. Os motores não são desportos de baixa categoria, há muita ciência, trabalho e dedicação por trás”, explicou Paulo “Speedy” Gonçalves.