RUI SERAPICOS
“É uma decisão pessoal por circunstâncias que foram acontecendo. Estou no fim da carreira política e entendi que devia soltar amarras da militância partidária”, afirmou João Cepa em declarações ao ‘Correio do Minho’.
“Há deveres de um militante que estão sempre presentes e eu quero ser um pouco mais livre. Não é que não fosse. Sempre disse o que pensava”, salientou o autarca, que falava à margem da celebração do Dia do Município.
Questionado sobre alguma questão em concreto que possa ter suscitado a ruptura, responde com “um conjunto de circunstâncias a nível partidário”, considerando que o partido “nunca deu o devido valor a Esposende, atendendo a que é um concelho onde nunca perdeu um embate eleitoral nos últimos vinte e seis anos”.
João Cepa revela amargura por Passos Coelho ter declinado o convite para estar presente em Esposende, ontem, na celebração do Dia do Concelho. “Não é que tenha sido decisivo, mas fiquei triste porque pedi-lhe para estar aqui. Ele justificou com motivos de agenda. Mas, mais do que isso, fiquei triste por um conjunto de situações e neste momento não me sinto na obrigação da militância”, continua.
Não quer dizer que deixe de ser social democrata, antes pelo contrário. Retribuí ao partido várias vitórias eleitorais, fiz um trabalho que acho que dignifica o partido, mas acho que está na hora”.
“O meu partido é Esposende”