O Arquivo Municipal de Esposende participou, no passado dia 5 de dezembro, no VI Encontro Internacional da Rede Portuguesa de História Ambiental (REPORT(H)A), que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e reuniu a comunidade científica nacional e internacional.
Sob o tema “Contagem de (múltiplas) espécies – o futuro já passou? (Re)lendo arquivos e metodologias ambientais”, o encontro promoveu a apresentação e discussão de trabalhos de investigação centrados na história ambiental, através de comunicações individuais e painéis temáticos.
O Arquivo Municipal de Esposende esteve representado por Marília Capitão, que apresentou a comunicação intitulada “O percurso histórico do abastecimento de água em Esposende: o contributo do Arquivo Municipal para a valorização do património ambiental”. A intervenção teve por base a exposição documental realizada pelo Arquivo Municipal, entre 2022 e 2023, dedicada à criação da rede de abastecimento de água potável em Esposende, integrando documentação do Arquivo Municipal e da empresa municipal Esposende Ambiente.
Durante a apresentação foi salientado o papel determinante dos arquivos e das fontes locais na construção da história ambiental, bem como a importância das estratégias de mediação e comunicação para aproximar o património histórico e ambiental do público não especializado. Foi ainda destacada a relevância da valorização do património documental e material enquanto instrumento de conhecimento da história local e de sensibilização para os desafios ambientais contemporâneos.
A participação neste encontro insere-se na estratégia contínua do Arquivo Municipal de Esposende de promoção, mediação cultural e difusão do seu
património documental, designadamente através do portal digital do Arquivo, que tem vindo a potenciar o aumento de investigações académicas sobre o território concelhio. Exemplo desse impacto é a tese de doutoramento da investigadora Ana Lopes, intitulada “Vulnerabilidade e resiliência nas comunidades costeiras do Noroeste de Portugal (final do século XVI – meados do século XIX)”, distinguida com a 7.ª edição do Prémio de Estudos em Cultura do Mar – Octávio Lixa Filgueiras, e que incide, entre outras localidades, sobre a vila de Fão.
Através deste trabalho, o Município de Esposende contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente o ODS 11.4, relativo à proteção e salvaguarda do património cultural e natural, o ODS 16.10, que promove o acesso público à informação, o ODS 4.7, ligado à valorização da cultura, cidadania global e sensibilização ambiental, e ainda o ODS 6, associado à gestão sustentável da água.