e o "bairrismo parolo"...
Há mais de vinte
anos que não via alguns amigos, sobretudo colegas de curso e pude
revê-los num encontro que fizemos na Fundação Cupertino de Miranda, na
Boavista-Porto. Tive receio de não os(as) conhecer pois passaram
tantos anos. Eles apresentavam-se com cabelos brancos, outros mais fortes,
outros mais esquálidos, elas menos joviais, falando dos filhos, mostrando
fotografias dos seus rebentos, enfim a implacável seta do tempo que não
perdoa a ninguém! Nesse dia, antes de ir para o Porto, passei por Sucupira, no
bairro do FFH onde se festejava com brio a festa de S.Pedro. As
varandas estavam todas enfeitadas com balões, fitas e cenários próprios das
marchas populares. Não consigo dizer qual era a varanda mais bonita porque o
conjunto dava um esplendor notável. Uma só varanda passava despercebida, mas
todas juntas davam uma coloração extraordinária. Como naquele bairro, a maioria
dos moradores é da classe piscatória, a "catraia" (barco) estava
numa ponta da Rua da Central. Havia um palco para as concertinas e grupos de
baile e o Café do Oliveira, todo enfeitado até me pareceu a principal capela do
santo! (...)
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