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domingo, 7 de julho de 2013
A vida dos portugueses a andar para trás.... Governo sem eira, nem beira... Uma Europa que acorda tarde do seu autismo político...
A vida dos portugueses a
andar para trás.... Governo sem eira, nem beira... Uma Europa que acorda tarde
do seu autismo político...
Em dois dias consecutivos,
duas "bombas atómicas" (Qual Hiroshima, qual
Nagásaki) se abateram sobre o atual governo nacional, primeiro
com a saída do prestigiado (Sobretudo na diplomacia
europeia) Ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, e segundo, com
a demissão do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e principal
parceiro de coligação do PSD, Paulo Portas. Se a primeira demissão se prendeu
com a erosão ou desgaste da sua política de austeridade perante a opinião
pública nacional, a segunda demissão tem motivação numa tensão contínua que
existira entre os dois líderes dos partidos que integravam o governo,
levando a pensar que o 1ºMinistro destratou mal o seu parceiro de coligação, o
que já havia feito algo semelhante com António Seguro, líder da Oposição,
pelo que a tese de consenso alargado na sociedade portuguesa se afigurou
como uma utopia que só existira na cabeça do PR e dos analistas políticos
portugueses. O pior que pode acontecer aos portugueses está na forja e é um segundo
resgate, algo que o "Financial Times" há meses colocava como cenário
para Portugal, pois sabia que havia um claro divórcio entre o governo,
parceiros sociais, sindicatos, confederações patronais e trabalhadores em
geral, não querendo falar dos partidos da oposição. Leia aqui o post na íntegra.
Gente da terra, do rio e do mar. Por Carlos Barros.
sábado, 6 de julho de 2013
CANTINHO DOS LOBOS DO MAR: Romão, o ”esquiador”… Por CARLOS BARROS
A
motora Filomena Antonieta, com o mestre
João Careca ao leme, regressava
do mar depois de uma boa pescaria e no porão, reinava a boa disposição entre
todos os seus tripulantes, sendo dos mais animadores o Romão Miquelino, Alfredo
Muchacho e o “Morrossol”, sempre vítima
das brincadeiras do finado Muchacho.
O sol “espreguiçava-se” e estava quase
a desaparecer na linha do horizonte.
Na
motora reinava boa disposição e as águas
do mar estavam amansadas e “abrilhantadas”
por uma serenidade crepuscular.
O
Milo, o “Morrossol” e o Muchacho piscaram o Romão para “esquiar”.
Anda
homem, não és homem não és nada senão ”esquiares”…
Então, disse o Romão, vai haver
agora um espetáculo…
Toda
a tripulação ficou em silêncio e o Milo começou a arregalar os olhos para o
amigo “Magnório”, esperando a surpresa!
O
Romão pegou num “paneiro”, cheio de escamas e “langanhos”, atou-o às cordas do
arrasto, que estavam presas à poupa da
motora e eis o Romão montado na prancha
de “surf”.
O
“toda a carga”, gritaram os tripulantes para o mestre João Careca, que estava a
“milhas” do que estava a suceder…
Com
o motor barulhento e ferrugento da
Filomena Antonieta, a “todo o gaz”, o Romão começou a deslizar sobre as
águas do mar, feito turista, durante breves segundos.
De
repente, o motor da motora abrandou e o Romão mergulhou no oceano, até ao fundo,
depois de bater com a “mona” na poupa da motora.
-
Morrossol, o Romão desapareceu, disse o Muchacho aflitinho…
O
homem está afogado gritou o Chico! Ele
não aparece à tona!...
Na
casa do leme, o João Careca ao ouvir tanto rebuliço perguntou:
-
O que se está a passar aí?
Vai
haver “verdoada” grossa!...
-
O Romão não aparece e está no fundo do
mar, responderam, em uníssono, os tripulantes que estavam a assistir à
tragédia.
-
Num último ato de desespero , os pescadores puxaram pelas cordas que amarrava a
“tábua-surf” e lá veio o Romão agarrado ao paneiro, já branco e com a boca
cheia de areia.
Uma vez içado para o porão, com muito esforço
do Milo e do finado Muchacho, o Romão levou uns murros no estômago, deitou cá para fora uns bons litros de água e
começou a abrir os olhos.
Está
salvo, gritou o Milo “Rosas”, todo
contente.!
Depois de uns largos minutos de reanimação, o Romão apareceu ressuscitado e prometeu nunca mais
andar de “sequi” com esta tripulação “meia maluca” que o ia matando.
A
motora Filomena Antonieta quando chegou ao cais para descarregar o camarão e o Romão ainda recuperava as sua débeis forças
anímicas.
As
peixeiras, embrulhadas nos seus grossos xailes negros, no cais norte, perguntaram:
-
João Careca, o que fizeram ao Romão que está branco como a cal?
- Calem-se
“almas negras” que ia acontecendo uma tragédia por causa destes três malucos e
só me apetecia pegar no bicheiro e fisgá-los
a todos, respondeu nervosamente o João Careca.
O Romão foi “descarregado” no cais e, lentamente, dirigiu-me
para a rampa do cais, cheio de limo, e
estava ainda meio atordoado.
O
Milo e o “Morrossol” levaram-no a casa depois de lhe tirarem a areia grossa da
boca e dos ouvidos.
Não
digam nada ao meu pai, senão dá-me “cabo do corpo”, choramingou o Romão aos seus amigos.
Podes
estar descansado, disseram eles, nós não “abrimos o bico”.
No
dia seguinte, o nosso amigo Romão, todo
aperaltado, com a revista “O último desejo”, emprestada pelo Morrossol” debaixo do braço, fazendo-se de
“doutor”, foi passear pela ribeira, tentando-se livrar do
grande susto do dia anterior.
O
Romão uma vez na ribeira, sentou-se perto dos juncais e varais, onde estava um
polvo a secar, começou a folhear a revista do “Último desejo” que o “Morrossol”
lhe tinha emprestado e adormeceu uma soneca, só acordando com o chilrear dos
“charréus” que comiam as amoras das
silvas.
Quando
acordou, estava o Morrosssol junto dele e perguntou-lhe:
Já
leste a revista, “ó ranhoso”?
O
Romão olhou para o seu companheiro e respondeu:
-
Sabes qual era o “meu último desejo”?
-
Não, disse o “Morrossol” ao Romão que
estava meio sonolento.
Olha
o meu último desejo, era não te ver mais, desabafou o Romão para o seu amigo…
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