segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A AUSÊNCIA, QUEM A INVENTOU?

A AUSÊNCIA, QUEM A INVENTOU?


A ausência, quem na inventou?
Que desamor foi preciso,
Quando, afinal, nem das lágrimas
Anda distante o sorriso?!


Quem separa o mar e a praia?
Ou o coração do peito?
Ou de outras almas as almas,
Sem a morte vir a jeito?



A ausência, quem na inventou?
Deus não foi. Na Trina Essência,
Entre o Pai, o Filho, o Espírito,
Jamais se fala em ausência.


António Corrêa D'Oliveira
Páscoa, 1948. Quinta de Belinho.
D’OLIVEIRA, António Corrêa. Redondilhas. Porto: Livraria Figueirinhas, 1948.
Acervo do editor.

domingo, 29 de novembro de 2009

Minha rua… meu mundo -MAX

Contos extraordinários de Max
A filha tinha chegado de um passeio de finalistas a Paris.
Vinha eufórica, extasiada, como que queria contar tudo de supetão enquanto esperava pelo saco de viagem, algures perdido na confusão dos restantes na bagageira do autocarro. Finalmente, lá apareceu.
Beijos e abraços de boas vindas entre filhos, pais e avós, mais parecia uma romaria, mesmo que o santo de ocasião nem beato fosse, aliás, vinham cheios de catedrais e outras coisas tais.
- Pai, digo-te uma coisa, fiquei bué de contente. Nunca tinha visto uma cidade tão grande e com tanto de bonito e grandioso. Adorei Notre Dame, a Torre Eiffel, mas o que mais me encheu foi a Disneylândia. Sabes que esperamos quase três horas na fila só para entrar?
A viagem até casa foi rápida mas os irmãos logo atacaram:
- Trouxeste-me aquilo que te pedi? – Perguntou-lhe a irmãzita mais nova.
- Esperai até verdes. Há recordações para todos.
Já em casa, naquele final de tarde e até quase à meia-noite, foi o desembrulhar de prendas e prendinhas, à mistura com a descrição pormenorizada do filme do passeio.
(…)
Alex reviu-se na filha e no tempo após dar-se conta que o seu relógio tinha parado.

Recuou-se na memória.
Na escola primária da vila, os Passeios/Visitas de Estudo eram quase uma raridade e só nos finais da Quarta Classe. Eram ali à Penha ou ao Castelo de Guimarães, ao Bom Jesus ou Sameiro, lá para Braga, à Santa Luzia, em Viana, e mais distante, para os lados do Porto ou arredores pois havia que chegar a horas, em estradas únicas e sem alternativas pois se fazia filas havia que desesperar. E seria uma sorte ir todos da classe pois os míseros escudos para as camionetas do “Linhares” ou da “Viúva” tinham que ser poupados, tostão a tostão, desde o Natal. Alguma subscrição entre todos, ou o mecenato da professora, lá fazia com que os mais necessitados também pudessem conhecer outros Esposendes maiores que a sua terrinha que, para a maioria, era ali que começava e acabava o seu pequeno mundo.
Mas, fora isso, e estes pequenos extras, a prendarem um exame quase impecável de Quarta Classe - que obrigava a decorar os cursos de todos os rios, caminhos de ferro, Geografia e História de Portugal, fora os problemas, os cubos e os trapézios, os hectolitros e as rasas, mais ainda as lições com frases cheias de curvas e de Moral do “Livro da Quarta Classe”, e sei lá que coisas mais… - brincadeiras de criança não faltavam na sua rua.

"Como tratam as pessoas com necessidades especiais!"


"Irei verificar em breve, mas soube por entreposta pessoa (amiga) que a Repartição de Finanças de Esposende tem uma máquina que nunca funcionou!"

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"Voz desportiva do Jandirinha":



A ADE, para a Taça A.F.Braga, deslocou-se ao Campo do Marca-Vila Cova e venceu por 3-1, passando para a eliminatória seguinte, após ter vencido, na primeira mão, o mesmo adversário, no Estádio P. Sá Pereira, por 5-1.
A ADE alinhou com uma equipa com poucos titulares e venceu sem contestação o Marca, num campo pelado, bastante encharcado e enlameado.
De realçar o "elevado" número de esposendenses que foram acompanhar e apoiar a sua equipa, a Vila Cova-Barcelos.
Nas camadas jovens, verificaram-se os seguintes resultados:
ADE 1 Marinhas 3 - Juniores
Marinhas 1 ADE 0 - Juvenis
ADE 2 "Cerasmistas" 0 - Iniciados
A ADE disputou outros jogos, em Infantis e Escolinhas, mas não são conhecidos, neste momento, os resultados finais.
Saudações Desportivas.
Nas vitórias e derrotas estamos sempre com a ADE - Associação Desportiva de Esposende.
Carlos Barros