segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"Esposende, entre a Terra e o Mar" by Alfredo Barros



Para ver e rever.
Todos os direitos reservados
Contribuição/Fotos: Alfredo José Barros da Cruz

SAUDADES QUEM AS NÃO SENTE?

Quem me dera ser poeta:
Em redondilha cantar
A saudade, a qual, a “heróicos”,
Já Camões cantou o mar.

Não é saudade o oceano?
A esp’rança um barco veleiro?
-Quem de nós não foi, será
Seu piloto ou seu gajeiro?

Não é só minha, a saudade;
Nem minha a esp’rança, sòmente:
Esp’ranças, quem as não tem?
Saudades, quem as não sente?

Páscoa, 1948. Quinta de Belinho.



D’OLIVEIRA, António Corrêa. Redondilhas. Porto: Livraria Figueirinhas, 1948.
Acervo do editor.

domingo, 23 de agosto de 2009