Quem me dera ser poeta:
Em redondilha cantar
A saudade, a qual, a “heróicos”,
Já Camões cantou o mar.
Não é saudade o oceano?
A esp’rança um barco veleiro?
-Quem de nós não foi, será
Seu piloto ou seu gajeiro?
Não é só minha, a saudade;
Nem minha a esp’rança, sòmente:
Esp’ranças, quem as não tem?
Saudades, quem as não sente?
Páscoa, 1948. Quinta de Belinho.
D’OLIVEIRA, António Corrêa. Redondilhas. Porto: Livraria Figueirinhas, 1948.
Acervo do editor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário