A abertura do ano letivo 2025/2026 foi assinalada em Esposende, com uma sessão de receção à comunidade educativa que irá lecionar nas escolas do concelho, na qual marcaram também presença os diretores dos agrupamentos de escolas, da Escola Profissional e da Escola de Música de Esposende.
A sessão decorreu no passado dia 10 de setembro, em Fão, e serviu também para partilhar dados relativos à comunidade educativa local. Neste ano letivo, estão matriculados 4.688 alunos nas escolas do concelho, o que representa um aumento de 47 alunos face ao ano anterior.
Durante a sessão, foi sublinhada a importância da colaboração entre professores, alunos, famílias e restante comunidade educativa no processo de ensino e aprendizagem, destacando-se o papel fundamental de cada um nesta missão coletiva.
A sessão integrou uma conferência “Inteligência Artificial: A escola no foco da mudança de paradigma”, proferida por António Jorge Gamboa, tendo o Presidente da Câmara Municipal realçado a pertinência desta temática, uma realidade que está a transformar a forma de trabalhar, de aprender e de ensinar.
António Jorge Gamboa é Diretor Pedagógico da Escola Profissional do Fundão e é licenciado em Matemática e Informática e Mestre em Administração e Organização Escolar pela UCP. Publicou artigos em revistas científicas nacionais e internacionais sobre implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade na educação. É membro do grupo de Diretores Pedagógicos da ANESPO para o desenvolvimento curricular e inovação pedagógica. Atualmente tem-se dedicado ao tema da Inteligência Artificial na sala de aula dinamizando palestras e workshops.
Assumindo-se como “um curioso nesta matéria”, António Jorge Gamboa começou por afirmar que “algo vai transformar, decididamente, a educação e a forma de ensinar”. Na sua intervenção, o palestrante salientou que as escolas não se podem alhear desta nova realidade e que terão de estar atentas para saber lidar com este avanço tecnológico.
Numa vertente mais prática apontou vantagens e perigos da Inteligência Artificial, considerando que “a questão ética vai estar em cima da mesa”. Sinalizou que, no que toca à educação, há quatro problemas de base, nomeadamente a proteção de dados, a capacidade de acesso, a capacidade financeira e o plágio, a que estes acrescem mais dois aspetos relevantes: Quem controla os algoritmos da Inteligência Artificial; Exames, provas, avaliações, rankings.
António Jorge Gamboa salientou a relevância do papel dos professores neste novo mundo e considerou que importa “olhar para a Inteligência Artificial como ponto de partida e não como ponto de chegada”.
A sessão encerrou com um Lanche Convívio.