Luz
verde para obra
que
transformará antigo quartel
da
GNR em Arquivo Municipal
Foi hoje publicada em Diário
da República, a abertura do concurso para a remodelação do antigo edifício da
GNR para acolher o Arquivo Municipal de Esposende. Conferindo melhores
condições de acomodação do acervo - que se encontra disperso por diversos
espaços municipais-, o Município de Esposende pretende aliar a mudança de
instalações à implantação de novos modelos de gestão documental, com o
uso das tecnologias. Concluído o processo de digitalização do acervo em
curso, dotar-se-á o futuro espaço com valências tecnológicas que facilitem a consulta,
a pesquisa, a investigação e contribuam para o melhor conhecimento da História
local, preservando a memória e a experiência da administração local.
Integrado no Plano de Ação
de Regeneração Urbana (PARU), o Município de Esposende prevê, além da
recuperação do antigo quartel da GNR, a requalificação da Alameda do Bom Jesus,
em Fão, o arranjo do Largo Rodrigues Sampaio, a obra do Mercado Municipal, para
além da regeneração da zona Central de Marinhas (obra parcialmente
concretizada). A concretização do PARU decorre da aprovação, pela Comissão
Diretiva do Norte 2020, em finais de 2016, da medida que beneficia as zonas
urbanas de Apúlia, Esposende,
Fão e Marinhas, traduzidas num financiamento que ultrapassa os três milhões de
euros, mas que pode atingir os quatro milhões, mercê das bonificações
decorrentes do cumprimento dos prazos e das normas
estipuladas. Estas obras têm uma comparticipação a 85% do FEDER, no âmbito do
programa Norte 2020.
A obra, no valor de meio
milhão de euros e com um prazo de execução de 300 dias, compreende a alteração
e ampliação do antigo edifício da GNR, revestido de interesse arquitetónico
para o concelho e que importa preservar, para instalação de um equipamento
destinado Arquivo Municipal. Ou seja, com esta ação, preserva-se o património
arquivístico do concelho, mas também o seu património arquitetónico.
“O Arquivo Municipal está a
funcionar nos Paços do Concelho, mas o espaço é manifestamente insuficiente, o
que faz com que algum acervo esteja disperso por outros edifícios municipais.
Numa ótica de boa gestão, apresentamos a proposta de requalificação do antigo
quartel da GNR, até porque ocupa um local central na cidade”, refere o
Presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.
O autarca associa, ainda, o
investimento no novo espaço para o Arquivo Municipal à necessidade de
“adaptação às novas tecnologias, essenciais para o desenvolvimento de uma
política arquivística coerente e eficiente, possibilitando a preservação,
conservação e consequente difusão da informação, funcionando sempre em prol dos
serviços e do cidadão”, referiu.
O Arquivo Municipal de Esposende é
responsável pela gestão integrada, recolha e tratamento de toda a documentação
produzida e recebida pelos órgãos e serviços municipais, ou seja, mais de 1.350
(mil trezentos e cinquenta) metros lineares de documentação, datada desde 1572,
situando-se o crescimento documental do município acima dos 100 (cem) metros
lineares/ano.