Município
de Esposende deu primeiro passo para a criação do Parque da Cidade
Já é conhecido o estudo prévio do Parque da Cidade, que
a Câmara Municipal de Esposende pretende construir na Zona Ribeirinha do Cávado,
entre o Centro de Actividades Náuticas e a Ponte de Fão, numa área de
aproximadamente 18
hectares .
A apresentação decorreu no passado dia 6 de Setembro,
no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, e esteve a cargo da empresa que venceu o
Concurso Público Internacional para a Concepção do Parque da Cidade, a NPK –
Arquitectos Paisagistas Associados Lda, a quem foi atribuído o prémio de
consagração no valor de 10 000 euros, e que irá agora desenvolver o projecto
final. No total foram recepcionadas 21 propostas, uma das quais de Itália,
tendo o Presidente da Câmara Municipal de Esposende destacado a elevada
qualidade das propostas e o grande investimento no seu desenvolvimento e
apresentação por parte das equipas concorrentes. João Cepa referiu que na base
da escolha estiveram quatro aspectos, nomeadamente a qualidade do estudo, o
investimento a realizar, a sustentabilidade do projecto, designadamente os
custos de manutenção do futuro parque, e o seu enquadramento com os
instrumentos de gestão territorial.
O Autarca explicou que o objectivo é dotar Esposende de
um Parque Verde “com dimensão assinalável”, requalificando e valorizando a
parte restante da Zona Ribeirinha e reforçando a ligação da população ao rio.
O Autarca reconheceu também que a execução do projecto
não será fácil, atendendo ao investimento em causa, um “esforço financeiro” na
ordem dos 2,9 milhões de euros, a que se somam 1,5 milhões euros para a
aquisição de terrenos. O Presidente não tem dúvidas de que “a Câmara Municipal
não vai fugir ao processo expropriativo”, o que poderá tornar o processo da
execução do Parque da Cidade ainda mais moroso.
Dadas as limitações financeiras do Município, será
necessário batalhar para conseguir financiamento para a obra, nomeadamente de
fundos comunitários, alertou João
Cepa , mostrando-se, contudo, convicto de que, apesar de todas
as dificuldades que se prevêem, o projecto “está perfeitamente ao alcance do
Município”. Concluiu dizendo que “se as intervenções na Zona Ribeirinha
trouxeram nova vida à cidade, com este Parque Esposende será ainda mais uma
referência na região”.
A proposta vencedora é conceptualmente inovadora, na
medida em que assimila e explora os conceitos de masseira, de sargaço e de
transição entre o espaço urbano e o espaço do parque. É muito bem documentada,
com desenho urbano bastante cuidado e apresenta um estudo que relaciona a
despesas de manutenção com possíveis receitas que o Parque pode gerar.
Prevê a criação nos extremos do Parque, a norte e a
sul, de duas praças de entrada com informação sobre o Parque, desenvolvendo-se
entre estes dois espaços os passadiços com postos de observação do Sapal, a
Praça central, a clareira grande (infra estruturada para grandes eventos) e as
pequenas para jogos e eventos, espaços lúdicos que recriam a forma das
masseiras criando conforto climático por redução da exposição ao vento,
recintos protegidos para experiências múltiplas e sensoriais de usufruto da
natureza.
Na Praça norte localiza-se o Centro de Actividades
Náuticas cujas actuais actividades serão mantidas ampliadas de modo a incluir escola
de vela, escola kitesurf, escola de surf e de bodyboard. É proposto a
instalação de uma cafetaria, incluindo instalações sanitárias e aluguer de
bicicletas, e ainda a instalação de um novo cais ancoradouro, para promoção de
passeios no rio e turismo da natureza.
A Praça central, situada na zona central, constitui
também uma das entradas principais do Parque, integra um quiosque sazonal e
temporário e será o lugar preferencial para acolher a feira biológica com
possibilidade de instalação de 24 bancas. A Praça sul, localizada junto à ponte
de Fão num ponto de convergência de percursos pedonais e cicláveis (Caminho de
Santiago, Ecovia Litoral Norte e ligação pedonal Esposende-Fão), incluirá a
instalação de quiosque sazonal temporário que integre o aluguer e manutenção de
bicicletas, painéis informativos, miradouro, ligação ao parque de
estacionamento de autocaravanas e ao parque de merendas.
A proposta prevê a recuperação do sapal e a construção
de passadiços com uma tecnologia inovadora minimizando danos nos ecossistemas.
Os objectivos da proposta são, assim, criar um Parque
que promova a requalificação e valorização da margem do Cávado, reforçando a
ligação ancestral entre a população, o mar e o rio, adoptando uma proposta
adequada à especificidade dos ecosistemas, boas práticas de redução de consumos
energéticos, de gestão da água e de resíduos, nomeadamente na gestão e
manutenção do Parque, utilização de materiais recicláveis.
O Serviço de Comunicação e Imagem da CME
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