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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Município de Esposende deu primeiro passo para a criação do Parque da Cidade


  
Município de Esposende deu primeiro passo para a criação do Parque da Cidade

Já é conhecido o estudo prévio do Parque da Cidade, que a Câmara Municipal de Esposende pretende construir na Zona Ribeirinha do Cávado, entre o Centro de Actividades Náuticas e a Ponte de Fão, numa área de aproximadamente 18 hectares.

A apresentação decorreu no passado dia 6 de Setembro, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, e esteve a cargo da empresa que venceu o Concurso Público Internacional para a Concepção do Parque da Cidade, a NPK – Arquitectos Paisagistas Associados Lda, a quem foi atribuído o prémio de consagração no valor de 10 000 euros, e que irá agora desenvolver o projecto final. No total foram recepcionadas 21 propostas, uma das quais de Itália, tendo o Presidente da Câmara Municipal de Esposende destacado a elevada qualidade das propostas e o grande investimento no seu desenvolvimento e apresentação por parte das equipas concorrentes. João Cepa referiu que na base da escolha estiveram quatro aspectos, nomeadamente a qualidade do estudo, o investimento a realizar, a sustentabilidade do projecto, designadamente os custos de manutenção do futuro parque, e o seu enquadramento com os instrumentos de gestão territorial.

O Autarca explicou que o objectivo é dotar Esposende de um Parque Verde “com dimensão assinalável”, requalificando e valorizando a parte restante da Zona Ribeirinha e reforçando a ligação da população ao rio.

João Cepa assinalou que a apresentação do estudo prévio marca o início de um processo que vai ser muito demorado, sendo que o próximo passo é “uma análise e discussão mais fina” sobre a proposta, envolvendo as entidades e a comunidade local, no sentido de recolher contributos para a sua melhoria. O Presidente da Câmara Municipal antevê muitas dificuldades para a fase seguinte, a de aprovação do projecto pelas entidades competentes, e apontou, a título de exemplo, o período de “largos meses” na aprovação da mais recente intervenção da Zona Ribeirinha de Esposende e do projecto de requalificação da Zona Ribeirinha de Fão.


O Autarca reconheceu também que a execução do projecto não será fácil, atendendo ao investimento em causa, um “esforço financeiro” na ordem dos 2,9 milhões de euros, a que se somam 1,5 milhões euros para a aquisição de terrenos. O Presidente não tem dúvidas de que “a Câmara Municipal não vai fugir ao processo expropriativo”, o que poderá tornar o processo da execução do Parque da Cidade ainda mais moroso.

Dadas as limitações financeiras do Município, será necessário batalhar para conseguir financiamento para a obra, nomeadamente de fundos comunitários, alertou João Cepa, mostrando-se, contudo, convicto de que, apesar de todas as dificuldades que se prevêem, o projecto “está perfeitamente ao alcance do Município”. Concluiu dizendo que “se as intervenções na Zona Ribeirinha trouxeram nova vida à cidade, com este Parque Esposende será ainda mais uma referência na região”.

A proposta vencedora é conceptualmente inovadora, na medida em que assimila e explora os conceitos de masseira, de sargaço e de transição entre o espaço urbano e o espaço do parque. É muito bem documentada, com desenho urbano bastante cuidado e apresenta um estudo que relaciona a despesas de manutenção com possíveis receitas que o Parque pode gerar.

Prevê a criação nos extremos do Parque, a norte e a sul, de duas praças de entrada com informação sobre o Parque, desenvolvendo-se entre estes dois espaços os passadiços com postos de observação do Sapal, a Praça central, a clareira grande (infra estruturada para grandes eventos) e as pequenas para jogos e eventos, espaços lúdicos que recriam a forma das masseiras criando conforto climático por redução da exposição ao vento, recintos protegidos para experiências múltiplas e sensoriais de usufruto da natureza.

Na Praça norte localiza-se o Centro de Actividades Náuticas cujas actuais actividades serão mantidas ampliadas de modo a incluir escola de vela, escola kitesurf, escola de surf e de bodyboard. É proposto a instalação de uma cafetaria, incluindo instalações sanitárias e aluguer de bicicletas, e ainda a instalação de um novo cais ancoradouro, para promoção de passeios no rio e turismo da natureza.

A Praça central, situada na zona central, constitui também uma das entradas principais do Parque, integra um quiosque sazonal e temporário e será o lugar preferencial para acolher a feira biológica com possibilidade de instalação de 24 bancas. A Praça sul, localizada junto à ponte de Fão num ponto de convergência de percursos pedonais e cicláveis (Caminho de Santiago, Ecovia Litoral Norte e ligação pedonal Esposende-Fão), incluirá a instalação de quiosque sazonal temporário que integre o aluguer e manutenção de bicicletas, painéis informativos, miradouro, ligação ao parque de estacionamento de autocaravanas e ao parque de merendas.

A proposta prevê a recuperação do sapal e a construção de passadiços com uma tecnologia inovadora minimizando danos nos ecossistemas.

Os objectivos da proposta são, assim, criar um Parque que promova a requalificação e valorização da margem do Cávado, reforçando a ligação ancestral entre a população, o mar e o rio, adoptando uma proposta adequada à especificidade dos ecosistemas, boas práticas de redução de consumos energéticos, de gestão da água e de resíduos, nomeadamente na gestão e manutenção do Parque, utilização de materiais recicláveis.

O Serviço de Comunicação e Imagem da CME 

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