A Associação
Humanitária dos Dadores de Sangue do Concelho de Esposende promoveu neste fim
de semana as comemorações do Dia do Dador com um encontro internacional e a
distinção de dadores pelo Instituto Português de Sangue e da Transplantação.
O Dia do Dador de Sangue em Esposende que a
Associação de Dadores de Sangue de Esposende levou a cabo no fim de semana,
ficou marcado pelo debate e troca de experiências entre as várias associações
geminadas com a de Esposende, nomeadamente, as Hermandades de Donantes de
Sangre de Toledo e Navalmoral de La
Mata , e ainda a Federación Regional de Donantes de Sangre de
Castilla–La Mancha
e a Hermandad de Donantes de Sangre de Badajoz, de Espanha, e da Association
des Originaires du Portugal, de Corbeil-Essonnes, de França, e pela distinção
de vários dadores com dez, vinte ou quarenta dádivas, com entrega de diplomas e
medalhas.
Problemas comuns e modus operandi preocupam os responsáveis que colaboram gratuitamente
nesta tarefa. É o caso da falta de apoios aos dadores de sangue, designadamente
a redução da abrangência das taxas moderadoras, confinadas apenas aos Centros
de Saúde; a redução dos apoios financeiros levando ao “estrangulamento das
associações”; o envelhecimento da população e a consequente diminuição da
dádiva; a evolução das doações na região de Castilla-La Mancha e o papel das
redes sociais na dádiva de sangue, como vincou Angel Cepeda; ou até a grande
questão que já se começa a ouvir sobre a “privatização do sangue”, colocada por
José Luiz Sanchez, foram preocupações
que estiveram em debate.
O presidente da Associação de Esposende,
Adelino Marques lançou um apelo para se continuar a dar sangue e para “incentivar
outros à dádiva” pois só assim a nossa saúde pode estar mais segura.
E usando os dados das diversas recolhas
realizadas ao longo do último ano, salientou: “Esposende é espetacular no que
diz respeito à dádiva. O terceiro lugar a nível nacional, em termos
percentuais, diz bem do trabalho desenvolvido na dádiva, e que é para
continuar. Temos um dos maiores índices de dadores por mil habitantes. Isto
deve-nos encher de orgulho, apesar de ser verificar um ligeiro abaixamento na
dádiva”, adiantou.
Referindo que a causa das associações
geminadas é a mesma, isto é “salvar vidas”, e apesar deste momento menos bom,
“ainda podemos fazer coisas muito boas, em prol da comunidade”, disse.
Por fim, agradeceu aos dadores de sangue de
Esposende “tanta generosidade”, que é fruto do seu “empenho e dedicação ao
próximo”.
Por sua vez, o vice-presidente, Maranhão
Peixoto, referiu que o Município está “reconhecido” à Associação dos Dadores de
Sangue de Esposende pelo “bom trabalho desenvolvido” e apelou aos dadores para
que “continuem a contribuir com a vossa generosidade e entrega à causa da
dádiva de sangue”. E em nome da autarquia, deixou uma promessa: “contem
connosco, pois não há limites para a felicidade ser completa.”
E concluiu: “vamos
continuar o caminho” pois a Associação colocou Esposende “na rota certa e não
encontro palavras para agradecer o vosso trabalho na dádiva livre, singela e
anónima, mas de uma profundidade humanitária extrema”.
Sampaio Azevedo