segunda-feira, 25 de abril de 2022

“Voz Desportiva do Jandirinha”

 

Voz Desportiva do Jandirinha

Divisão de Honra da A. F. B.-série A

                                                                      Jornada 24/2022

Granja F. C.  2  A.D. Esposende 8 

 Nesta 24ª jornada desta Divisão de Honra, série A., mais um obstáculo ultrapassado pela ADE e pelos nossos “Lobos do Mar e do rio…” numa copiosa vitória, como visitante, no reduto do Granja F.C. garantindo, para já, a sua invencibilidade.

 Os números falam por si, e a superioridade da ADE foi flagrante e avassaladora, apesar do empenho dos atletas do Granja, que possui um plantel muito limitado, não oferecendo grande resistência ao Esposende, equipa muito mais apetrechada em termos de qualidade técnica e tática.

 Mais uma vez, os nossos parabéns ao Esposende, por esta caminhada vitoriosa e aos “Lobos e Lobas do Mar” um “bloco humano invencível” de apoio à ADE e que tem dado uma preciosa ajuda motivadora aos atletas do Esposende.

 Os golos do Esposende foram marcados por Guilherme 2, Tiago Azevedo, Tiago Silva (g.p.) Francis, Miguel Santos e Pedro Araújo (2).

 O nosso bem-haja, ao J. Muchacho, um exemplo de homem e de atleta, uma referência exemplar, para os jovens atletas do Esposende, que teve a sua justa homenagem no último jogo do Esposende, no Estádio Padre Sá Pereira.

 Nunca é demais, agradecer a este brioso atleta, um guarda-redes que defendeu as cores da ESC/ADE durante muitos anos.

 Neste dia 25 de abril, prestemos homenagem a todos os ”obreiros” desta revolução que nos facultou acesso àquele “bem precioso” que é a LIBERDADE.

  Foram oito golos, um para cada grafema-letra- da palavra liberdade…

 Falta um golo para uma letra, mas é aquele ”tento” marcado pela nossa imaginação…

  Um abraço para todos os nossos leitores desta Crónica Desportiva.

 Despeço-me com um grande abraço fraternalmente desportivo para todos os nossos leitores da V.D.J.

“Dia 25 de abril sempre”

 Esposende, 25 de abril de 2022                                 

                                                V.D.J.

Carlos Manuel de Lima Barros

48.º aniversário do 25 de Abril

 

Município de Esposende assinala

48.º aniversário do 25 de Abril


 

 

O Município de Esposende assinalou oficialmente o 48.º aniversário do 25 de Abril com a cerimónia de hastear das bandeiras e com um o espetáculo “Cantar Abril”, protagonizado por Ana Deus e Eleonor Picas. O presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira destacou a importância de celebrar o 25 de Abril, como ato de cidadania e garante da Liberdade.

Como tem sido frequente, o Município de Esposende assinalou o 25 de Abril, com uma cerimónia em que estiveram presentes os eleitos dos órgãos autárquicos, desde logo com os presidentes da Assembleia Municipal, Carlos Silva e o da Câmara Municipal, Benjamim Pereira. Ao som do hino nacional, as bandeiras da República Portuguesa e do Município de Esposende foram hasteadas, em momento solene de compromisso para com os valores democráticos com que se rege o nosso País.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Sabores do Mar 2022

 


Restaurante Varandas do Cávado vence concurso gastronómico Sabores do Mar 2022 

O restaurante “Varandas do Cávado - Hotel Suave Mar”, de Esposende, é o vencedor do concurso gastronómico “Sabores do Mar” 2022, distinguindo-se pela Qualidade Gastronómica do prato “Robalo Selvagem Dourado com Caju Crocante em Molho de Tomate e Gengibre”. Conquistou também a menção honrosa Qualidade do Serviço, Higiene e Preço Qualidade. 

Conquistaram o segundo lugar, em ex aequo, os restaurantes “Água-pé”, de Esposende, com “Centros de Robalo de Mar com Espargos”, e “Camelo”, com “Massada de Peixe”, que recebeu também a menção honrosa Ambiente, onde foram analisadas as variáveis relativas à arrumação do espaço de refeições, iluminação e decoração.

"Estórias” da Guiné

 A Inha…

Registo: "Estórias” da Guiné

A cabrinha INHA: 

        Os militares da 2ª Companhia de Nova Sintra, com reforços de pelotões de Jabadá/Fulacunda, estiveram envolvidos na abertura da estrada Nova-Sintra –Fulacunda,  em 1973. 

      Ao rasgar essa estrada, por entre  mato denso, iriamos ter problemas com o inimigo, o que se veio a verificar já que fomos emboscados algumas vezes, tentando obstruir a nossa progressão porque esse acesso a Fulacunda não interessava militarmente ao PAIGC.

     O furriel Barros estava com o seu grupo de combate na segurança da estrada, com outro grupo, e estavam homens e mulheres africanas envolvidas na descapinagem do estradão.

 Verifiquei, por mero acaso, que uma indígena tinha apanhado uma cabrinha à mão que se tinha perdido da mãe e perguntei-lhe o que iria fazer com o animal. Prontamente me respondeu, dizendo que a ia matar e depois comê-la!

 Abeirei-me dela e pedi que ma vendesse por 50 pesos, o que concordou perante a minha alegria, vendo que o animal não seria morto.

 No regresso ao destacamento,  trouxe a cabrinha para o quartel, arranjei e adaptei um biberão e comprava leite na cantina e assim a Inha era alimentada por mim com todo o carinho e protecção.

Foi crescendo, dormia debaixo da minha cama na caserna e na parada do destacamento seguia-me para todo o lado.

O Capitão Cirne, queria comprar a Inha mas confesso, que não a vendia por dinheiro nenhum porque gostava muito do animal. A cabrinha era acarinhada pelos soldados do meu  grupo, sendo a coqueluche da companhia e passeava por todo o lado, sem ninguém a molestar.

Tinha chegado a hora do jantar e quando começávamos a comer o arroz com salsichas, vieram os soldados Cruz, Barros e Lurdes à messe e um deles disse-me:

- A INHA “adormeceu”…

Levantei-me a correr para a caserna e encontrei já morta a minha INHA, perante o meu desgosto…

O que aconteceu?

Um dos soldado deu-lhe cascas de manga e provavelmente, teve uma congestão já que só se alimentava de leite e não vi outra razão…

Perdi a vontade de jantar e peguei na cabrinha, enterrei-a junto à caserna e depois coloquei uma cruz com uma lápide com os dizeres:

- “Aqui jaz a INHA”…

Foi um dia triste para mim e para os meus companheiros do pelotão e, nesse mesmo dia, morreu à mesma hora, uma gazela selvagem que tinha sido apanhada pelos militares e que se encontrava num galinheiro-“Gazeleiro”- improvisado….Triste coincidência…

Nunca mais desejei nenhum animal comigo, já que eles querem viver em liberdade, como todos nós, seres humanos que, felizmente, só a conseguimos obtê-la no dia 25 de Abril de 1974.

Contei esta “estória” real, aos meus alunos de Asnela e Teixugueiras-Riodouro- entre muitas outras, contudo, evitei dar a conhecer as “atrocidades”, a violência e o sofrimento que todos nós, ex-militares, fomos vítimas sempre sonhando, com a indómita esperança do fim da “Guerra Colonial”, desiderato conseguido no dia 25 de abril de 1974

 Nova Sintra, 22  abril de 1973

    Carlos Manuel de Lima Barros

(ex-combatente do BART  6520-2ª CART- Guiné 1972/74-24 meses e 48 dias de Guiné)