CANTINHO DOS LOBOS DO MAR
As codornizes …
Histórias da Guiné
Existia no destacamento de
Nova Sintra uma caçadeira de um cozinheiro que
tinha sido comprada a um
comerciante em Bissau, uma arma usada e que não revelava a mínima segurança porque, algumas vezes, os cartuchos rebentavam no
cano, constituindo um perigo iminente.
Mas, os militares, muitas
vezes arriscavam e, lamentavelmente, não olhavam ao perigo e foi o caso do
furriel Barros que desafiou esse mesmo perigo.
Tendo como companhia o João
cozinheiro, o Barros foi caçar, ao fundo da pista de aviação, onde abundavam
muitas codornizes que estavam na fase da nidificação e, passados uns minutos,
foi vista uma codorniz, empoeirando-se no chão.
Furriel, olha alí uma
codorniz, está a vê-la, avisou o João Padeiro?
O Barros observou o chão e
viu uma codorniz, muito imobilizada e com a arma carregada, disparou um tiro e,
passados segundos, uma codorniz levantou , para o meio de um canavial.
O João apreensivo e moralizador com o resultado
do tiro, disse ao Barros que se esquecesse, pelo menos, feriu a codorniz que
supostamente, tinha caído no referido canavial, animou o seu amigo.
Os dois caçadores tinham
percorrido vinte metros e, mais
um pouco adiante, o João gritou a “sete foles”:
- Furriel, olha estão duas codornizes ali mortas com o seu tiro!...