A vida é uma viagem que sempre
termina assim.
O Monsenhor como era por nós tratado,
está em Esposende há 45 anos, muitas e muitas gerações conviveram com ele.
Além de pároco, também exerceu a
profissão de professor na Escola António Correia de Oliveira.
Como eu adorava ouvir as suas homílias,
além de direcioná-las para a parte católica, era um historiador com uma enorme
gama de conhecimentos do mundo, tinha uma memória privilegiada, com conhecimentos
de factos com datas, nomes, era uma autêntica enciclopédia.
Foi um fiel seguidor dos seus
antecessores, Monsenhor Avelino Pedrosa e Padre Porto Soares, (como recordo), procurando
ser o Pastor que sempre procurou ter rebanho junto dele, mantendo os
usos, costumes e tradições da nossa terra.
Numa das últimas homílias, na igreja
da Misericórdia, de que era Capelão, lembrava, D. Frei Bartolomeu dos Mártires,
Arcebispo de Braga 1559/82, que deu a autonomia religiosa a Esposende, dizendo
que uma praça com o seu nome era muito pouco, mas que iria continuar a defender
que fosse erguida uma estátua deste Santo nessa mesma praça. Já não vê esse
sonho realizado.
A ele devemos o actual salão
paroquial, obra para o qual muito lutou e de extrema utilidade para a nossa
juventude.
Monsenhor até um dia destes, e muito
obrigado pelo apoio moral ultimamente recebido.
Na vida não importa o que somos, mas
que alguém nos aprecie pelo que somos.
a. pinto