Museu Municipal apresenta exposição “Esposende: a barra, o porto e a
navegabilidade do Cávado – projectos e memórias”
“Esposende:
a barra, o porto e a navegabilidade do Cávado – projectos e memórias” é a
exposição que, desde ontem, está patente ao público, no Museu Municipal de
Esposende.
Na sessão de
abertura, o Presidente da Câmara Municipal de Esposende manifestou a
expectativa de que a mostra “sirva para que as pessoas, de uma forma ou de
outra, se possam interessar pelo problema da navegabilidade do Cávado e
perceber a importância do rio para a região”.
João Cepa
assumiu a “frustração de muitos anos de luta, deslocações a Lisboa e reuniões
para debater os problemas do Rio Cávado, que são também grande parte dos
problemas desta cidade”. O Autarca referiu que não tem havido, por parte dos
sucessivos governos, sensibilidade para perceber a importância e a riqueza do
Cávado, manifestando, por isso, o desejo de que, no futuro, possa haver
“vontade política e capacidade financeira para executar o projecto da barra”.
O Presidente
João Cepa agradeceu ao Comissário Científico da exposição, Albino Penteado
Neiva, ter aceitado o desafio da Autarquia para realizar esta mostra, fruto de
“longos meses de trabalho árduo”, assinalando a paixão que o investigador esposendense
imprime aos projectos em que se envolve. Estendeu os agradecimentos à ARH
Norte, pela colaboração prestada, nomeadamente pela autorização do acesso ao
seu arquivo, e a todos quantos cederam material para a exposição.
Albino
Penteado Neiva referiu que o problema colocado pelo Presidente da Câmara já não
é de hoje e que “há mais de dois séculos que Esposende luta por ter um rio
navegável, um porto de mar e a barra transitável”, acrescentando que “as
questões do assoreamento já vêm desde o tempo de D. Sebastião”.
O
investigador esposendense assinalou que esta exposição pretende mostrar o que
foi feito ao longo dos últimos duzentos anos relativamente à barra, ao porto e
à navegabilidade do rio Cavado, tendo ainda o propósito de proporcionar uma reflexão
colectiva sobre estas questões.
A exposição
será complementada com a edição de um catálogo com as memórias e projectos dos
engenheiros hidráulicos que, ao longo de dois séculos, desenvolveram estudos
para resolver os problemas da barra. “Infelizmente havia sempre alguma crise
que deitava os projectos por terra”, referiu Penteado Neiva. Lamentou que, ao
longo dos anos, os governos não tenham dado resposta às aspirações das gentes
de Esposende e mostrou-se convencido de que só um projecto intermunicipal, que
aponte o rio como um produto turístico de excelência que beneficie Barcelos e
Braga, poderá vingar.
Penteado
Neiva agradeceu à Câmara Municipal o apoio ao projecto e à ARH Norte a
colaboração ao nível da pesquisa.
A exposição “Esposende:
a barra, o porto e a navegabilidade do Cávado – projectos e memórias” estará
patente até 2015 e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 14h00 às 17h30
e ao domingo, entre as 14h30 e as 18h00.
Serviço de Comunicação e Imagem da CME