quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Polis ou desenrascanço do costume?!

 

Portugal é o país dos "desenrascas" porque é mal organizado, vive de expedientes de pessoas pouco sérias e chamaram-lhe curiosamente improviso (Sempre à última da hora!) à falta de planeamento. Por estes dias, tem sido tema de conversa em Cedobem (Apúlia) a possibilidade do programa "Polis do Litoral Norte" deitar abaixo todas aquelas cabanas em cima das dunas e que correspondem a restaurantes. Como é sabido, a maioria delas é clandestina, mas o nosso país está habituado a viver de economia paralela, "Offshores", evasão fiscal e portanto ter cabanas como ter favelas é a mesma coisa! E se é habitual ouvir-se o comentário de que o "crime compensa", também aqui é capaz de se ajustar. É preciso alojar e indeminizar os proprietários legais ou ilegais pela destruição das barracas. Não fosse Portugal um país de "barracada" e eu ia estranhar tudo! A desaparecer toda aquela barracada, acaba-se a "Pequena Marrocos" que ali existia, com pardieiros e sucessivos acrescentos para a frente, para trás e para os lados! E para onde irá aquele negócio de servir peixe fresquinho, irá para o outro lado da estrada? Vamos aguardar desenvolvimentos do projecto em causa! Certo é que os "sargaceiros" já discutem o Polis e essa possibilidade de uma nova cara nas dunas, não sei se remota, por estarmos em tempo de "vacas esqueléticas"!
Leia aqui o post na íntegra.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

434 visualizações do blog no dia 29/11(segunda-feira)

Laurinda Alves esteve em Esposende para falar sobre a abolição da pena de morte e os direitos humanos


Dia Mundial das Cidades pela Vida

A abolição da pena de morte e os direitos humanos estiveram, ontem, em foco, no Museu d’Arte, em Fão, naquela que foi uma das iniciativas promovidas pela Câmara Municipal de Esposende, no âmbito das comemorações do Dia Mundial das Cidades pela Vida, designadamente uma tertúlia com a jornalista e autora Laurinda Alves.
Num ambiente informal e com a sala repleta, a conversa decorreu em torno do filme “A Última Caminhada”, de Tim Robbins (1995), onde se acompanha a longa espera de um condenado no corredor da morte. “A força da mudança está em ser amado, apenas” foi desta forma que Laurinda Alves terminou a sua intervenção, bastante apreciada por todos os presentes.

Em representação da Câmara Municipal, a Vereadora da Cultura e Educação, Jaqueline Areias, agradeceu a presença da jornalista que, deste modo, se associou ao Município na celebração do Dia Mundial das Cidades pela Vida, que se assinala precisamente hoje, dia 30 de Novembro, aniversário da primeira abolição oficial da pena de morte.
Entre a vasta plateia, estiveram presentes as utentes da Comunidade de Inserção Social de Esposende (CISE), da Associação Esposende Solidário, em tratamento terapêutico do alcoolismo, que partilharam as suas vivências e falaram sobre o processo de recuperação que estão a efectuar.
Laurinda Alves ficou fascinada com o projecto do CISE e manifestou o seu gosto em estar presente aquando da apresentação da peça de teatro que está a ser desenvolvida por este grupo, juntamente com os adolescentes que se encontram no Centro de Acolhimento Temporário Paula Azevedo, do Centro Social Abel Varzim, projecto financiado pelo IPJ.
Para além desta tertúlia, o programa comemorativo do Dia Mundial das Cidades pela Vida promovido pela Câmara Municipal de Esposende incluiu a apresentação pública do projecto de recolha da tradição oral de Esposende “Contos, cantos e que +” e visitas guiadas ao Pelourinho de Esposende, símbolo do poder judicial desde a Idade Média, com o castigo do condenado feito em praça pública.

Biblioteca Municipal de Esposende promove encontro com a escritora e repórter de viagens Raquel Ochoa

3 Dezembro – 21h00

A Biblioteca Municipal Manuel Boaventura, de Esposende, vai promover a iniciativa “À conversa com… Raquel Ochoa”, vencedora do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, na próxima sexta-feira, dia 3 de Dezembro, pelas 21h00.

Raquel Maria Fialho Costa Ochoa, escritora e repórter de viagens, nasceu em Lisboa, em 1980, é licenciada em Direito, tendo já publicado um livro de crónicas, “O Vento dos Outros”, em 2008. Nesse mesmo ano, escreveu “Bana - Uma vida a cantar Cabo Verde”, a biografia do cantor. Actualmente, é formadora na “Escrever, Escrever”, uma escola de escrita criativa. Como repórter de viagens, escreveu textos em vários jornais e no blog onde publica reportagens sobre os vários cantos do mundo: http://www.omundoleseaviajar.blogspot.com/.
Com o romance “A Casa-Comboio”, Raquel Ochoa venceu o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, destinado a obras inéditas de escritores com menos de 35 anos, cujo júri, presidido por Vasco Graça Moura, realça que Raquel Ochoa revela “uma assinalável qualidade narrativa, conjugando bem os elementos de natureza documental acerca dos contextos pessoais e colectivos da experiência portuguesa na Índia”.
O enredo deste romance, baseado num relato verídico, baseia-se na aventura de uma família indo-portuguesa, que sobrevive e se adapta à turbulenta história mundial do último século, evocando uma saga nos tempos em que a Índia longínqua era portuguesa.
Assim, “À conversa… com Raquel Ochoa”, na Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, terá como tema o seu romance premiado, mas também outras “conversas” nomeadamente a relação da literatura e das viagens. “Se, por algum motivo, nós não podemos viajar tanto como desejaríamos, temos ao nosso alcance formas de lá chegar e de conhecer. A literatura é, sem dúvida, uma delas. Eu tenho sempre uma premissa enquanto escrevo, um lema, que é ‘possam os vossos olhos ver o que os meus olhos viram’”, refere a escritora Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís.