Município de Esposende sensibiliza para controlo de espécies invasoras
A propósito da tradição dos Maios, ou Maias, que ganha relevo nesta altura, o Município de Esposende alerta para a problemática das espécies invasoras, que, cada vez mais, retiram espaço às espécies autóctones, como, por exemplo, as giestas.
No concelho de Esposende existem diferentes espécies de codeços e giestas frequentemente utilizados para a tradição dos “Maios”. Estas plantas crescem apenas em espaços florestais e desempenham importantes funções ecológicas. Para além da vantagem de uma elevada diversidade biológica, com especial destaque para a componente florística, estas plantas fixam o azoto atmosférico e protegem o solo da erosão. As espécies mais comummente utilizadas são a giesta-negral (Cytisus scoparius), giesta-das-serras (Cytisus Striatus), tojo-gadanho (Genista falcata Brot.), giesta-piorneira (Genista florida L.) e codeço-de-laínz (Adenocarpus lainzii).
Constata-se
que as manchas deste tipo de plantas autóctones (giestas e codeços) estão a
diminuir, sendo cada vez mais substituídas por diversas espécies invasoras,
especialmente acácias. Neste sentido, importa ter uma atitude atenta no
controlo de todas as espécies invasoras, impondo-se a necessidade de se preservarem
os espaços florestais e de promover uma gestão adequada dos mesmos. Esta
postura enquadra-se nas metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) da Agenda 2030.
Refere a
tradição que na noite de 30 de abril para 1 de Maio todas as entradas das
habitações devem ser protegidas das entidades malignas com um ramalhete de
flores de Maio. Reza a lenda que esta tradição remonta ao tempo de Jesus, ao
episódio da Fuga para o Egipto, em que recolhida a mãe e filho na proteção de
uma habitação, um traidor marca com um ramo de giesta florida o local,
denunciando a presença do menino. No dia seguinte, quando os perseguidores
vinham para matar o menino, depararam-se com marcações semelhantes em todas as
ombreiras da aldeia, impedindo assim a denúncia. Existem diferentes versões
desta tradição ancestral, contudo, ainda se continua a perpetuar a memória
daquele episódio. Outras explicações pagãs remetem para a celebração da
primavera, e acolhimento da época das flores e abundantes colheitas, a crença
popular que este ato afasta o agoiro, mau-olhado e energias malignas.
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