Coesão social passa pela integração de
refugiados
Foi hoje
firmado o protocolo que estabelece os pressupostos de acolhimento de refugiados
no Município de Esposende, envolvendo a Câmara Municipal de Esposende e a Associação
de Apoio à Criança e ao Adolescente (ADOLESCERE) que desenvolve, em parceria
com o Alto Comissariado para as Migrações (ACM), respostas dirigidas a famílias
refugiadas, recém-chegadas a Portugal.
O Município
de Esposende acolheu, recentemente, um grupo de 21 refugiados provenientes da
Síria e do Iraque, estando previsto, para 20 de maio, a chegada de um segundo
grupo. Assim, a autarquia assume o compromisso de parceria ativa com a entidade
que constitui a rede de serviços de acolhimento e integração das comunidades de
refugiados, a ADOLESCERE, por via do seu projeto ACOLHER FÃO.
Para o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, esta colaboração potencia a projeção de Esposende enquanto “território multicultural de horizontes alargados”, na medida em que “o acolhimento de pessoas necessitadas de ajuda será promotor da interculturalidade e um contributo para a construção do concelho”.
De resto,
Benjamim Pereira entende que “as ferramentas que o município tem implementadas
no terreno, principalmente na área social”, adequam-se ao trabalho que agora
será desenvolvido com os refugiados. “Temos diversos projetos de dinamização
social, na vertente cultural, que devem ser elemento agregador destes novos
habitantes do concelho”, defendeu Benjamim Pereira.
Para a Alta
Comissária para as Migrações, Sónia Pereira, “o trabalho das autarquias é
fundamental, quando se trata de preparar a chegada de refugiados. A Câmara
Municipal de Esposende assumiu esse compromisso fundamental”.
Já Carla
Fernandes, presidente da ADOLESCERE enalteceu o trabalho conjunto que foi
desenvolvido com a Câmara Municipal de Esposende, “para criar as melhores
condições para acolher estas famílias”.
Através do protocolo de colaboração, o Município de Esposende
compromete-se a dinamizar ações que favoreçam uma maior e melhor integração da
população refugiada, articulado em áreas tão diversificadas da rede local de
proximidade. Serão implementadas estratégias de proximidade entre as pessoas
imigrantes e a comunidade de acolhimento, contemplando atividades que permitam
e estimulem o respeito, a diversidade e convivência multicultural.
O protocolo prevê o atendimento personalizado e de proximidade às
pessoas refugiadas e acompanhamento das atividades e projetos a desenvolver
pela ADOLESCERE.
O projeto ACOLHER FÃO, incidirá na capacitação da pessoa no seu
processo de acolhimento e integração, com a ADOLESCERE a promover o diálogo
entre diferentes grupos culturais e étnicos, com as diferentes entidades
públicas e privadas.
Com o objetivo de reforçar a integração da pessoa refugiada em
contexto escolar e consolidar o domínio da língua portuguesa das pessoas
refugiadas serão potenciadas oportunidades de aprendizagem da língua portuguesa.
Esta medida enquadra-se, assim, nas metas dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
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