Canal Intercetor
Município reforça investimento para melhorar acessos e condições de segurança
O Município de Esposende lançou o concurso público para execução da empreitada de conclusão da obra do Canal Intercetor à cidade de Esposende. Esta intervenção, com valor estimado de 636 mil euros e sem qualquer apoio do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), tem um prazo de execução de 150 dias, pretende acautelar as condições associadas à passagem de pessoas e máquinas nos caminhos laterais ao canal, visa estabilizar as margens do canal e responde às exigências a respeitar nas passagens viárias sob jurisdição da Infraestruturas de Portugal.
“Este é um dos projetos com maior envergadura financeira alguma
vez conseguidos para Esposende. Depositamos grandes esperanças no contributo
que o canal dará para a minimização dos problemas de drenagem que afetam
Esposende, além da importância que esta infraestrutura adquirirá no ordenamento
do território, proporcionando, ainda, uma oferta complementar na vasta rede de
percursos pedestres do concelho”, sublinha Benjamim Pereira, presidente da
Câmara Municipal de Esposende.
A intervenção que agora se perspetiva surge como
complemento à construção do Sistema Intercetor e de Desvio da área urbana de
Esposende e pretende melhorar a acessibilidade aos campos agrícolas,
estabilizar as margens e beneficiar o habitat para espécies ribeirinhas em
domínio hídrico, através da aplicação de soluções técnicas de Engenharia
Natural.
Também se procederá à alteração do tipo de guardas
metálicas nas passagens viárias nacionais, resultante da necessidade de
assegurar um nível de segurança compatível com o tipo de tráfego que circula
nessas vias. Neste contexto de segurança, uma intervenção contempla a passagem
do canal, em aqueduto, na zona da rotunda da Solidal e não a céu aberto como
estava inicialmente previsto.
As obras agora propostas compreendem a escavação e
modelação do canal, a correções nos caminhos laterais ao canal, a construção de
muros em pedra e muros de contenção de terras.
Segundo o grupo de especialistas que tem acompanhado a
construção do canal intercetor à cidade de Esposende, as intervenções agora
propostas “resultam da dinâmica social associada aos proprietários dos terrenos
marginais, fruto do tipo de utilização desses terrenos: a agricultura”. A
população, em geral, também começou a utilizar os caminhos laterais ao canal e
houve a necessidade de se avaliar as soluções previstas, optando-se pelas
intervenções agora agendadas, por forma a garantir as condições de segurança a
todos os utilizadores do espaço.
De salientar que a instalação de um sistema intercetor
naturalizado, em Esposende, visa minimizar os problemas resultantes das
inundações na cidade, considerada como uma das 22 zonas críticas identificadas
em Portugal Continental, no âmbito do Plano de Gestão de Riscos de Inundação,
elaborado pela Agência Portuguesa do Ambiente.
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