Município de Esposende promoveu visita virtual à obra do
Canal Intercetor
Encontra-se em adiantado
estado de execução, o projeto do Município de Esposende, para a construção de
um Canal Intercetor e de Desvio da Área Urbana de Esposende. Após um moroso
processo de negociação com os proprietários das mais de 200 parcelas de
terreno, a obra avança a bom ritmo e deverá estar concluída até ao final do
ano.
Depois de o Ministério
do Ambiente ter classificado a cidade de Esposende como zona crítica, no âmbito
do Plano de Gestão de Riscos de Inundação, elaborado pela Agência Portuguesa do
Ambiente, o Município de Esposende desenvolveu o projeto que mereceu o aval de
financiamento, por parte do Fundo de Coesão, ao abrigo do Programa Operacional
Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR).
“Este é um dos projetos com maior envergadura
financeira alguma vez conseguidos para Esposende. Aos três milhões de euros que
custa a obra, com 85% de comparticipação, acrescentam-se dois milhões de euros,
em aquisição de terrenos”, diz Benjamim Pereira, adiantando que o Município de
Esposende “está empenhado numa reprogramação financeira da obra, com vista a
reduzir o elevado investimento efetuado”,
Com quatro quilómetros e meio, o canal
apresenta dois pontos de descarga - um a norte, em Cepães, e outro a sul da
cidade, a jusante da ponte D. Luís Filipe – tendo como principal função a
prevenção de inundações na cidade que têm colocado em risco a população e
causado elevados danos no património público e privado.
A obra em questão carateriza-se pelo elevado
grau de dificuldade, com oito travessias de estradas nacionais e municipais e a
construção de duas bacias de retenção, junto à Solidal e na Redonda.
“Na memória da população
pairam, ainda, as imagens das cheias de outubro
de 2013, responsáveis por avultados prejuízos. Algo tinha de ser feito, no
sentido de nos protegermos de eventuais fenómenos naturais futuros.
Depositamos
grandes esperanças no contributo que o canal dará para a minimização dos
problemas de drenagem que afetam Esposende”, acrescenta Benjamim Pereira.
Só devido à autonomia
financeira patenteada pelo Município de Esposende, foi possível solicitar ao
Ministério do Ambiente a responsabilidade de um projeto com a magnitude do
Canal Intercetor de Águas Pluviais de Esposende.
A Câmara Municipal
desenvolveu todo o projeto em tempo recorde, efetuou o levantamento cadastral e
topográfico e recuperou o projeto da variante à cidade que não passava de uma
ideia sucessivamente adiada, mas que estava previsto desde a aprovação do
primeiro PDM, em 1994.
Este canal intercetor
carateriza-se pela adoção das melhores técnicas
de engenharia natural, recorrendo a materiais naturais e de espécies
vegetais autóctones, adequadas aos habitats que se pretendem restaurar.
Durante os dois anos
subsequentes à conclusão da obra, a empresa construtora fará a manutenção e
controlo da vegetação.
“Esta obra terá grande
impacto na proteção da zona urbana de Esposende, protegendo-a das cheias, mas
também contribuirá para um novo desenho na ocupação dos solos, com nova imagem
urbana, criando um anel verde em torno da cidade”, sustenta o presidente da
Câmara Municipal de Esposende.
Paralelo ao canal,
estende-se um percurso que completará um circuito de visitação e prática
desportiva que interlaçará com a ecovia do litoral norte e o futuro Parque da
cidade, o que já se vai verificando.
O início da construção
do canal intercetor de proteção e gestão de riscos, cheias e inundações da
cidade de Esposende foi assinalado a 27 de julho de 2019, pelo Ministro do
Ambiente e da Transição Energética, Pedro Matos Fernandes, estando prevista a
sua conclusão até ao final do ano.