Esposende
dedicou semana à Floresta Autóctone
Como forma
de sensibilizar a comunidade e, mais concretamente, a população escolar para a
importância das espécies autóctones e da elevada biodiversidade associada à
floresta, o Município de Esposende aliou-se às comemorações do Dia
Internacional da Floresta Autóctone e, entre os dias 23 a 29 de novembro,
promoveu, através do Centro de Educação Ambiental e do Gabinete Técnico
Florestal, um conjunto de iniciativas dedicadas a esta temática.
A 23 de
novembro, data em que se assinala o Dia da Floresta Autóctone, decorreu uma
atividade simbólica de plantação de espécies florestais autóctones no espaço
envolvente do Monte de S. Lourenço, em Vila Chã. Os participantes foram
inicialmente sensibilizados para a importância da floresta nativa e ficaram a
conhecer quais os serviços prestados por uma floresta saudável e diversificada,
bem como os problemas que assolam os espaços florestais. Posteriormente
intervieram no local, através do controle manual de eucaliptos e da plantação
de algumas árvores portuguesas. No final da intervenção, participaram numa
visita guiada ao Castro de S. Lourenço, orientada pelo Centro de Interpretativo
de S. Lourenço.
Cerca de
200 crianças das escolas EB/JI de Gemeses e de Pinhote e o Jardim de Infância
de Cepães assistiram, no dia 26, no Auditório Municipal de Esposende, à peça de
teatro “O refúgio”, apresentada pela companhia de Teatro e Marionetas de
Mandrágora, espetáculo que tem como parceiros a Câmara Municipal da Mealhada, o
Centro de Educação Ambiental de Esposende e a associação Novaterra, Associação
Cultural Arte e Ambiente. Este espetáculo conta a história de Caruma, protetor
da floresta e dos animais, que vive em harmonia com a natureza e luta para que
a sua mata não seja destruída pela mão do homem.
O programa
da Semana da Floresta Autóctone incluiu ainda seis sessões do teatro Clarinha e
Fonte do Tempo, pela associação cultural Fugir do Medo, nos estabelecimentos de
Educação e Ensino do concelho. Criada no âmbito do Projeto E-Ribeiras, esta
peça retrata um cenário hipotético dos personagens João e Maria no ano 2050,
onde a escassez de água e as alterações climáticas são realidades bastante
evidentes. Em paralelo, aparecem as personagens Clarinha e Salpico, duas gotas
de água que abordam as modificações físicas e químicas da água ao longo do
ciclo da água. Entretanto João e Clarinha fazem uma viagem no tempo, com o
objetivo de corrigir os erros passados no que diz respeito ao uso da água e,
assim, minimizar os problemas de falta de água potável no futuro.
Ainda no
mesmo âmbito, foi desenvolvida a iniciativa “Os Sapadores vão à escola!”, na
qual os Sapadores Florestais aos estabelecimentos de educação e ensino
demonstraram algumas das tarefas e funções relacionados com o trabalho diário
da Equipa de Sapadores Florestais.
Estas
ações têm subjacente o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
da Agenda 2030, nomeadamente no que se refere a Proteger a Vida Terrestre (ODS
15) e Parcerias para a Implementação dos Objetivos de Sustentabilidade (OCS
17). Em Esposende, apesar da maioria das espécies florestais presentes terem
sido introduzidas, como o eucalipto, o pinheiro-bravo, as acácias, entre
outras, é possível encontrar ainda uma variedade de espécies autóctones bastante
rica e que merece ser preservada. Dentro desta listagem incluem-se espécies
arbóreas como o pinheiro-manso, vários tipos de carvalhos, sobreiros, amieiros,
salgueiros, sanguinho, sabugueiro e freixo. Existem ainda várias plantas
nativas arbustivas e herbáceas de elevado valor ecológico.