Inaugurado em Forjães memorial aos Combatentes
O
Município de Esposende pretende perpetuar a memória de todos os ex-combatentes.
Para isso, deverá construir um monumento que seja agregador e representativo de
todos os combatentes do município, conforme anunciou o presidente da Câmara
Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, durante a inauguração da Praça dos
Combatentes, em Forjães, onde passa a figurar o “Memorial aos Combatentes
Forjanenses”, e onde constam os 194 nomes de naturais daquela vila que combateram
e deram a vida pela Pátria na Guerra Peninsular (1807-1814), nas Lutas Liberais
(1828-1834), na I Guerra Mundial (1914-1918) e na Guerra Colonial.
Esta jornada de homenagem aos
ex-combatentes incluiu, ainda o lançamento do livro "Os forjanenses e a
guerra colonial - memórias e histórias dos que viveram o conflito
(1956-1975)", da autoria de Luís Coutinho de Almeida e Carlos Sá, onde
estão reunidos os 51 testemunhos de combatentes que participaram na guerra
colonial e de alguns dos seus familiares. A edição é da Junta de Freguesia de
Forjães, com o patrocínio da Câmara Municipal de Esposende.
O Município de Esposende tem
desenvolvido diversas iniciativas de homenagem a todos os que participaram nas
diversas guerras e conflitos. “Começamos em 2014 com diversas exposições e
edições sobre a I Grande Guerra, nomeadamente sobre a participação dos
combatentes esposendenses, iniciativas estas incluidas no Programa de Evocação
do Centenário da I Grande Guerra”, sustentou Benjamim Pereira que enfatizou a necessidade
de “transmitir aos jovens os valores morais que estiveram associados a esta
participação nas guerras e que interferiram na nossa qualidade de vida e nos
nossos direitos, em suma na construção da sociedade atual e de Portugal
enquanto país. Não podemos deixar cair no esquecimento estas pessoas.”,
concluiu.
Luís Coutinho de Almeida, um dos
autores, destacou o testemunho das cinco mães que relataram a dureza de ver
partir um filho para a guerra e lembrou os nomes dos forjanenses que serviram a
pátria. Carlos Sá, também autor, frisou que este é um “trabalho que pretende
perpetuar o esforço de todos aqueles que lutaram pela pátria”.
Já o presidente da Junta de Freguesia de
Forjães, Manuel Ribeiro, conclui que “o monumento inaugurado e o livro editado
fazem justiça aos forjanenses que honraram as suas famílias e a nossa
terra" e o historiador Penteado Neiva entende que "esta obra passará
a ser património forjanense e do concelho de Esposende, porque, relatando o
passado, continua a marcar o presente".