Desemprego - Dados do INE não refletem a realidade
O PEV considera que a taxa de desemprego avançada hoje pelo INE, de 11,9%, relativa ao segundo trimestre deste ano, não reflete, de todo, a realidade que se vive no País.
Os números hoje divulgados pelo INE não têm em consideração os participantes em cursos profissionais a decorrer no Instituto de Emprego e Formação Profissional, que ficam fora das estatísticas, as mais de 300 mil pessoas que emigraram, os muitos desempregados que deixaram de receber qualquer subsídio e, por isso, deixaram de estar inscritos e de procurar emprego e, ainda, o fator da sazonalidade.
“Os Verdes” consideram que é urgente desmascarar as sucessivas mentiras deste governo, que destruiu milhares de postos de trabalho, fomentou a precariedade, a emigração e a instabilidade, cortou salários e pensões, suspendeu os subsídios de férias e de natal e que criou estágios, cursos e formações em vez de empregos. É preciso pôr cobro às políticas do governo PSD/CDS que tem insistido na implementação de uma economia de baixos rendimentos através dos cortes nos salários, do aumento do horário de trabalho, do não pagamento de horas extraordinárias e da eliminação de feriados.
O PEV tem vindo a alertar constantemente para as consequências destas opções políticas que se têm refletido no empobrecimento da generalidade do povo português e relembra que, segundo dados recentes do INE, o risco de pobreza tem vindo a aumentar em Portugal, afetando diretamente mais de 2 milhões de pessoas, tendo-se acentuado entre os que já se encontravam nessa situação. As políticas do PSD/CDS fizeram alastrar a fome, a pobreza e a exclusão social, que acentuaram as desigualdades e que saquearam direitos sociais e laborais.
Por último, o PEV defende que a promoção do aumento e valorização dos salários, das pensões e das reformas, bem como estabelecer como prioridade a criação de emprego com direitos, são fatores essenciais para garantir condições de dignidade e qualidade de vida aos portugueses.
O Partido Ecologista “Os Verdes”
Lisboa, 5 de Agosto de 2015