Acervo João Barros |
Foto: António Alexandre I. Losa Regado Este edifício, com o seu recreio de escassa área, foi berço do meu percurso educativo e escolar onde aprendi a conviver , brincar e a fazer aventuras, liderado pelos "líderes" da ocasião (Mário da Barrega, Manel Nibra, Eduardo Mouquinho, Romão, Paulo Gatinho, Renato da "Galga", Batista, Armindo Murraca, M. Pateiro,Batista, Quim "Tripas" entre muitos outros amigos. Ao Peixe, o Carlinhos era o escolhido pelos mais velhos para voar quando estavam três "marmanjos" curvados... Quem me lançava em altos voos atmosféricos, era o Romão, Batista , Anselmo "Sai Sai" e Quim Tripas... Era o herói, por momentos mas, nas salas, o Carlinhos era caladinho e raramente ia ao "Estrado"- tipo cadafalso" disciplinar" que todos temiam... Com as suas salas de aula amplas, com pouco material escolar, apenas existia a caixa métrica que raramente era aberta, a Escola foi e será, para a história da minha infância, algo de marcante, com aspectos positivos e negativos. A Cantina, era um local onde alguns alunos, mais necessitados, almoçavam, o seu "caldo" e pão amarelo, a broa com a resistente côdea, e, de manhã, o pequeno almoço, o leite "em pó" e o pãozinho habitual. Tive vários professores: Agostinho, Carlos Martins, D. Isolina, D. Miquinhas Beirão, M. Beirão Helena Amaro e Fernanda B. de Fão. Uns entravam, outros saiam, com atestados médicos, era um rodopio de professores... Todavia, havia estabilidade profissional e os professores leccionavam na escola durante muitos anos com o "brio profissional "da época.... Contar peripécias, nunca mais acabava... Ficam as fotografias deste imponente e categórico edifício escolar, outrora abandonada e , nos tempos actuais está convertido na Casa da Juventude. Deveria ser a Casa dos "Idosos", espécie de Centro de Convívio dos ex- alunos, mas, enfim, são os projectos modernos que esmagam o património e a alma das nossas gentes. Do Carlinhos da Jandira, que ousou nunca usar bata, aqui vai um abraço para a Professora Isolina Losa a construtora do meu "edifício humano" que me abriu caminhos para viver na sociedade de uma forma estável e de um certo sucesso profissional e, social e cultural. Carlos Barros |
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