Domingo, 22 de Novembro
10h00 – Paroquianos
12h00 – Maria da Silva Duarte
19h00 – Maria da Costa Dias e Silva
Segunda, 23 de Novembro — Só às 16h30
— Intenções de Mons. Baptista de Sousa
— Intenções de Mons. Baptista de Sousa
Terça, 24 de Novembro — 19h00
— Maria Augusta Raposo, marido e Eduardo Raposo Távora
— Maria da Silva Duarte
— António Luzio Campino
— P. Albino Cândido Lopes
Quarta, 25 de Novembro — Só às 16h30
— Intenções de Mons. Baptista de Sousa
Quinta, 26 de Novembro — 19h00
— Alfredo Barbosa Eiras
— José Moreira Varandas
— Armindo Areias Amaro
Sexta, 27 de Novembro — Só às 16h30
— Intenções de Mons. Baptista de Sousa
Sábado, 28 de Novembro — 19h00
— Dr. Manoel Gaspar Henrique Sobral Torres(30.º Dia)
— Maria do Rosário Nunes Novo e marido José Joaquim Nibra Martins
Domingo, 29 de Novembro
10h00 – Paroquianos
12h00 – Carolina Nunes Novo, marido e cunhado
19h00 – Carlos Alberto Eiras da Silva e família
• • • • • • • • • •
O Largo dos Pexinhos,
ResponderExcluir"sempre a recordar, para sempre recuperar..."
Quando? Quando? Quando?
Quem espera, não desespera, isto para já!...
Tinha sete aninhos já feitos, quando o Carlinhos da Jandira, em pleno Inverno, saiu de casa de botas de pneu de avião, bem sebadas, aí vai ele, com os bolsos cheios de miolinho de broa ,para o seu jardim , dar de comer aos peixinhos vermelhos, eternos amigos.
Numa grande correria pela calçada velha da ex-Rua General Roçadas, actual Rua Ventura Terra, o Carlinhos com o casaquinho a esvoaçar ao vento frio, que atormentava o seu rosto infantil.
Quando o Carlinhos chegou ao jardim, um ambiente se surpresa e de festividade "fertilizou" os seus olhinhos.Pôs a mão na sua cabecinha, limpou o "corropio" de restos de "neblina matinal", marca de nascença, e parou no tempo....
O jardim tinha em seu redor uma fita larga e os bancos ripados estavam cobertos por panos.
Estavamos no dia 24 de Dezembro de l957 e o que ia acontecer nesse dia?
O Carlinhos pensou com a sua ingenuidade que os panos eram para proteger os bancos pintados e novinhos em folha do mau tempo que assolava Esposende ... Aquilo era luxo, pensava ele, tiritando de frio!
O Carlinhos passou por debaixo da fita e sentou-se muito comodamente, num dos bancos cobertos com um tecido escuro, a condizer com o tempo invernoso desse domingo.Vou chamar o Abel da Batata para ver isto, pensou ele para os seus botões!
Sentou-se e de repente ouviu uma voz, ao longe, com ar ameaçador. O Carlinhos olhou, olhou e não teve tempo de olhar mais porque o saudoso "Zé da Vila", funcionário abnegado e responsável da Câmara, já estava perto dele.
-Sai daí rapaz senão levas uns cachaços"!
Claro que o Carlinhos só parou no Largo Rodrigues Sampaio, perto da Casa do Coutinho, que já tinha o armazém e mercearia abertos aos clientes matinais.
Pois ,nesse dia, 24 de Novembro de 1957 ia ser inaugurado o busto de pintor Henrique Medina, uma homenagem dos esposendenses.
Hoje o Largo dos Peixinhos é uma afronta a todos nós , esposendenses que amamos a nossa terra e que agora apenas se vêem quinze "malgas" com flores, uns repuxos já defuntos, uns bancos "estropiados" e uma floresta de pedrinhas e "ardósias saltitonas".
Tenho convicção da promessa do Presidente da Câmara de Esposende, João Cepa, para o novo Projecto, por sinal, interessante e bonito, para este espaço que até afronta os peixinhos...
Enquanto observar este triste panorama paleolítico do Largo dos Peixinhos, continuarei a escrever sempre, sempre, até ser ouvido...
Felizmente o que sinto é compartilhado por quase todos os esposendenses até os que vivem no Brasil!
Um abraço para os que lerem este depoimento que retrata o sentir do âmago do meu coração.
Tenho tantas lembranças felizes do Largo dos Peixinhos que demoraria imenso tempo em descrevê-las.
O "Largo dos Peixinhos" era como um "clube de brincadeira" para dezenas e dezenas de crianças do meu tempo e constituía como as "Escolinhas" dos jogadores da ADE actual!Não é verdade Zé Rego?
Carlos Barros