segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Em Meio ao Caos

 E que delícia essa prática secular de criticar tudo e todos!

Afinal, se não podemos ser perfeitos (embora, convenhamos, estejamos quase lá), o que nos resta senão apontar as falhas alheias? Críticos de plantão, maestros do julgamento, juízes sem toga, sempre prontos a impor rótulos nas pessoas com as quais não simpatizamos, com a leveza de quem coloca um chapéu em um busto de bronze. E o pior (ou seria o melhor?) é que nos sentimos tão virtuosos nessa empreitada! É quase uma missão de vida ou morte, algo vindo do nosso código genético. Que orgulho ser assim, como se criticar e discriminar fosse o nosso único dever cívico.

PT/AS

Maria Teresa Horta conquista Prémio Rodrigues Sampaio 2024

 

Município de Esposende patrocina iniciativa da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto

Maria Teresa Horta é a primeira mulher a vencer o Prémio Rodrigues Sampaio, cuja cerimónia de entrega decorrerá no próximo dia 30 de novembro, em Esposende.

O júri justificou a decisão, que registou unanimidade, “pela persistência desta figura da cultura portuguesa na defesa da liberdade e na luta, sem tréguas, pela igualdade de género, antes e depois de Abril, que transporta com elegância criativa para a sua obra literária, para o seu trabalho jornalístico, para sua sempre generosa intervenção cívica”. 

“As mulheres portuguesas, sem dúvida, muito devem à ousadia libertadora da autora de Minha Senhora de Mim. A emancipação começa pelo corpo, como lugar da alegria, do afeto, do amor sem pecado. E a voz. O ter voz. ‘Mas dizei também/ do muito que vos sobra/ de tanto-tanto: amor /de dor/ e de ternura!’”, é realçado, ainda, na deliberação do júri, constituído por Luísa Leite, bibliotecária e representante da Câmara Municipal de Esposende; Francisco Duarte Mangas, Presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto; Francisco Brás Marques, advogado e familiar descendente de António Rodrigues Sampaio; Inês Cardoso, diretora do Jornal de Notícias; e Valdemar Cruz, jornalista do Expresso.

“Recordando”…

         - ESC -

25º Aniversário da ADE

 No dia 29 de novembro de 2003, no Salão Paroquial de Esposende, realizou-se um espetáculo integrado no 25º aniversário da Associação Desportiva de Esposende, uma das Instituições  Desportivas mais emblemáticas do concelho, galardoada com as Bodas de Prata.

 A estas comemorações associaram-se inúmeros artistas esposendenses, sendo de destacar a presença do famoso e filantrópico Grupo de Danças e Cantares do Norte de Portugal, Foz do Douro que aderiu, gratuitamente a este espetáculo comemorativo.

No palco estiveram presentes os nossos conterrâneos Carlos do Carmo, Diogo Zão, Helena Venda, Joel Zão, Paulo Sampaio e Rita Venda, grupo que abrilhantou a festa com a sua arte de sons de flauta, violino e orgão.

 Os temas musicais apresentados estavam relacionados com a vida “cultural, desportiva e musical” de Esposende e foi com enorme prazer ouvir os “acordes” musicais destes jovens que “mergulharam” a assistência num concentrado silêncio, propício à interiorização daquelas melódicas peças musicais.

 No fado atuaram Gizela João, Adelaide Loureiro, Celina Maciel, Filipa Menina e Joaquim Rodrigues e que bem se exibiram estas ilustres fadistas que foram acompanhadas por Mário Martins-(Baixo), António Solinho (Viola), Manuel Capitão (Viola), e Alberto Cardoso (Guitarra) muito ovacionados pelo público presente.

 O Grupo de Danças e Cantares do Norte de Portugal apresentou algum do seu vasto reportório de danças e cantares e a sua atuação empolgou o público e a ADE agradece ao “Capitão” da “nau musical” amigo Júlio, cuja simpatia, espírito de solidariedade e de compreensão, muito nos impressionou, além dos seus dotes artísticos.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Em Meio ao Caos

 Ah, a gloriosa mediocridade!

Essa nobre arte de ser mais ou menos, mas com a certeza inabalável de que, na verdade, somos melhores do que todo o resto. É uma virtude quase divina, exclusiva de uma certa elite, que anda por aí de salto alto e com o peito estufado, acreditando que o mundo gira ao redor de seus núcleos familiares, enquanto todos os outros devem tropeçar em sua própria insignificância.

PT/AS