A água e o vinho…
Numa
curta “viagem investigativa”, nos meados
de outubro de 1906, a um jornal mensal de Esposende, anunciava-se o problema da falta de água que se fazia
sentir nesses últimos meses e apelava-se à necessidade, com o máximo de
interesse, na exploração das águas do Bouro.
Passados
“longos tempos,” precisamente 196 anos, o problema da falta de água prevalece
não só em Esposende, como no resto do País e urge tomar medidas sérias para
debelar esta escassez, deste “precioso líquido”.
Contudo, nessa publicação, esse jornal
realçava a boa colheita de vinho, superior à do ano transato, quer na
quantidade, quer na qualidade, sendo o melhor vinho , vendido entre 15 a 15.000
reis e ia mais longe:
-“O
novo ano há-de ser abundante em rixas, havendo grossa pancadaria e grande
número de cabeças quebradas” e terminava com este “snobe”“adágio popular”:
- “ Deus superomnie”…
Por
Esposende, as tascas ou tabernas eram frequentadas normalmente, por homens
contudo, em determinadas aldeias/freguesias,
as mulheres eram assíduas nesses espaços, como em Vila Cova com a Maria
da Branca, Catarina, Tapita e Maria Chêla, a conviverem alegremente com os homens bebendo as suas
tigelas do bom vinho produzido nesta
freguesia barcelense. O Mendes, Dr. Vale Lima, Adélio, Alice, entre
outros, eram “grandes produtores de vinho” que era vendido para várias localidades,
como em Esposende, Góios, Marinhas…
Esposende,
19 de agosto de 2022
“BÓIAS”
C.M.L.B.