Município de Esposende organizou
5.º Encontro da Rede Nacional da Cultura
dos Mares e dos Rios
O 5.º Encontro da Rede Nacional da Cultura dos Mares e dos Rios (RNCMR) chegou hoje ao fim, encerrando dois dias de debate sobre temáticas relacionadas com a cultura e as tradições religiosas dos mares e dos rios.
Promovido pelo Município de Esposende, no âmbito da presidência deste organismo que se prolonga ainda até ao próximo mês de novembro, o evento decorreu, ontem e hoje, dias 2 e 3 de junho, no Fórum Municipal Rodrigues Sampaio e contou com os contributos de um leque alargado de oradores, cujas intervenções se centraram sobre os painéis temáticos “Novos sentidos para o mar: o lazer e o turismo balnear”, “Do uso tradicional do mar e as expressões do religioso”, “O Mar e o Corpo: Práticas e Estéticas da Cura”, “Outras Expressões de S. Bartolomeu” e “Registar e viver o património imaterial”. Este último tema foi abordado, esta manhã, pelo antropólogo Álvaro Campelo, Coordenador do Projeto de Candidatura da “Romaria de S. Bartolomeu do Mar” à Lista Nacional do Património Imaterial, apresentada pela Câmara Municipal de Esposende.
Álvaro Campelo começou por fazer um enquadramento do património e da cultura, para explicar depois como se desenvolve o processo de candidatura à Lista Nacional do Património Imaterial, que assenta na investigação e estudo do património imaterial com base na pesquisa etnográfica e antropológica, trabalho esse que deve dar “prioridade absoluta” à pesquisa histórica e documental. O antropólogo explicou, pormenorizadamente, as várias etapas necessárias à execução da candidatura, deixando, assim, perceber que se trata de um processo bastante complexo e exigente.
A propósito da candidatura “Romaria de S. Bartolomeu do Mar”, Álvaro Campelo felicitou a Câmara Municipal de Esposende pela iniciativa e pelo empenho na salvaguarda do património cultural e imaterial do concelho. Assinalando que “o património é das pessoas”, referiu que o processo de candidatura prevê também a fase de consulta pública, na qual a comunidade será chamada a pronunciar-se. “Inventariamos um património vivo e dinâmico, que exige corresponsabilização de todos”, concluiu.