Etapa de contrastes para Paulo Gonçalves no Dakar
Piloto português foi vítima de uma avaria mecânica que colocou em risco a sua continuidade na mítica prova de Todo-o-Terreno.
Paulo Gonçalves teve hoje um pé de fora da edição de 2016 do Rali Dakar, depois de uma avaria na fase inicial da nona etapa ter levado à paragem do piloto português em plena “especial” cronometrada, em redor de Belén.
Um galho terá provocado estragos no radiador da Honda CRF 450 Rally do segundo classificado da edição de 2015 do Rali Dakar, que acabou por ver os problemas de refrigeração do motor da sua mota impedirem o seu funcionamento e a continuidade da prova. Paulo Gonçalves acabou por seguir até ao segundo controlo de passagem da tirada na companhia de um dos “aguadeiros” da equipa oficial Honda, o italiano Paolo Ceci.
Devido às dificuldades provocadas pelas elevadas temperaturas que se abateram sobre a região argentina e que colocaram em risco a segurança dos pilotos, lembrando a etapa fatídica de 2013 em que Paulo Gonçalves viu a sua Honda desfazer-se em chamas, a organização tomou como medida, primeiramente, parar a corrida ao segundo controlo de passagem (CP2) e, mais tarde, pelo atraso de alguns concorrentes, fixar os resultados do dia até à chegada ao primeiro controlo de passagem (CP 1).
Aquando desse ponto de controlo Paulo Gonçalves registava o 3.º melhor tempo a 3min02s do líder Toby Price, mantendo por isso o 2.º lugar da tabela geral em luta pela vitória na prova. O piloto português foi rebocado até ao acampamento por Paolo Ceci e, sendo esta uma etapa maratona sem assistência mecânica, tem pela frente a dura tarefa de trocar o motor da sua moto com o de um dos seus companheiros de equipa, ação que lhe valerá mais tarde a penalização de 15min mas que, no entanto, não afasta as aspirações lusas à vitória nesta que é uma edição de contrastes do Dakar.
Amanhã o Dakar 2016 segue com uma das mais difíceis etapas da presente edição, nas dunas de Fiambalá, num total de 561 quilómetros, 278 ao “crono”.
Paulo Gonçalves: “Foi um dia de contrastes. Não consigo sequer descrever. Estamos em prova e o importante agora é fazer os possíveis para poder chegar ao final da melhor forma possível. O Dakar ainda não acabou!”