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 BOAS FESTAS


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Feira de Velharias de Esposende destaca artigos de Cristina Braga



À semelhança do que sucede com a Feira de Artesanato, também a Feira de Velharias do Município de Esposende vai dar destaque a um participante, em cada edição. Assim, na primeira feira do ano de 2013, a realizar no dia 6 de Janeiro, estará em foco a bracarense Cristina Braga.


Presença regular na Feira de Velharias de Esposende, Cristina Braga percorre o norte do país, em diversos eventos, desde feiras de velharias, antiguidades, usados e feiras do livro.

Iniciou-se nestas andanças há cerca de 17 anos, influenciada pelo pai, filatelista, que frequentava feiras de trocas. Cristina começou por vender faianças, louça variada, objectos decorativos e do lar e utensílios diversos, mas aos poucos foi variando o espólio, até que passou a comercializar apenas um tipo de artigo: livros usados. Hoje, Cristina Braga conta com largos milhares de volumes, que vai alternando em cada feira. Possui diversas monografias e muitos livros de Esposende, que, já esgotados, só se encontram em segunda mão.

Na próxima Feira de Velharias de Esposende, Cristina Braga terá disponível uma vasta colecção de livros, romances e contos, de temáticas variadas, para todos os gostos, a preços muito convidativos. Destaque para a obra “Oito séculos de Arte”, de Reynaldo dos Santos, que estará com uma redução de preço significativa, chegando a cerca de 40% do valor de mercado.

A Feira de Velharias de Esposende é organizada pela Câmara Municipal de Esposende e realiza-se no primeiro domingo de cada mês, entre as 10h00 e as 19h00, no Largo Rodrigues Sampaio, na cidade de Esposende. Este certame visa a promoção, venda, compra e troca de velharias, antiguidades e coleccionismo, designadamente artefactos etnográficos, bibelots, quinquilharias, livros, discos, jornais, revistas, selos, postais, moedas, relógios, máquinas, mobiliário, artigos para o lar e peças de arte.

O Serviço de Comunicação e Imagem da CME

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Últimos resultados e próximos jogos oficiais do FC Marinhas


Incêndio deflagra em prédio de Esposende

Fonte: Jornal de Notícias
Um violento incêndio deflagrou na garagem de um prédio, esta tarde de quarta-feira, em Eposende. Com alerta às 16.45 horas, numa primeira fase, deslocaram-se para o local, junto ao hipermercado Atlas, os Bombeiros Voluntários de Esposende, mais tarde reforçados com a corporação de Fão.
http://www.jn.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Braga&Concelho=Esposende&Option=Interior&content_id=2964994

Uma grande mulher, deixou-nos...

        Maria Adelaide Marques Miquelino era  tratada por  mim, por " tia Laida", estremosa mãe, virtuosa esposa e uma MULHER que enfrentou a vida com coragem, abnegação, luta perante as adversidades daquele  "tempo antigo"-, em que a vida era como "um touro bravo" que todos nós , especialmente os nossos pais, tinham de lidar e pegar o "animal” (vida) pelos cornos ou de cernelha. Era o tempo da fome, da miséria, da opressão, das carências gritantes que todos nós, portugueses, sentimos na pele.
Andar calçado ou vestir roupa nova, era um luxo para as crianças e adultos desse "tempo antigo", já que alguns amigos meus, só calçavam sapatos ou botas,  quando iam à missa ou iam a um passeio da escola à volta ao Minho ou ao Sameiro...
          Perante esta sociedade adversa, a tia Laida criou dez filhos, todos rapazes e raparigas  maravilhosas, de que nutro especial amizade desde o meu tempo de infância e, como ia dizendo, a tia Laida trabalhou como uma escrava, como  dizia o Zé Meira, seu familiar, labutando no dia a dia para sustentar a família, sempre com o tio Miquelino, seu marido,  a ajudar corajosamente, na faina piscatória ou  no exercício das suas funções, no "salva Vidas".
           Relembro-me perfeitamente, a tia Laida a chegar à loja/mercearia do meu tio Abílio Coutinho e dizia-me:
- Menino dá-me um litro de vinho!
-Olha pesa-me um quilo de farinha ou mede-me  meio litro de azeite!
 -Carlinhos pesa-me aquele bocado de sabão amarelo ou rosa! Esse não, mas o mais pequenino!...
- Menino, "assenta" aí  no rol ou paga-te daqui...
          Com a sua ímpar e sublime simpatia, a tia Laida despedia-se com um até logo, sempre  aflita pelas "andanças " dos filhos na ribeira ou nos quintais porque era proibido não brincar ou não jogar à bola...
             A tia Laida não olhava a meios para angariar umas "croas" para  sustento da família e à minha mãe, Jandira como feiranta, guardava-lhe os "paus da feira" no seu quintal e, mais tarde, deixava-os encostados à Alfândega e a tia Laida sabia, como ninguém, os proprietários desses "paus da feira" no meio daquela "selva" agrupada de paus e varas dos feirantes.
 Foi esta Ribeira da imagem,  que testemunhará, para os vindouros,  a vida árdua que os pescadores e peixeiras de Esposende sofreram na pele e o "monumento ao pescador" é o símbolo dessa tenacidade, coragem,  força musculada,  e sofrimento desta classe social e profissional que "carimbam" Esposende como "terra de   mareantes" e pescadores destemidos.
 Sempre que a via, o Carlinhos  da Jandira prestava-lhe a merecida vénia de  saudação porque a tia Laida e o sr. Miquelino são  "cidadãos desta pequena cidade" de que nos podemos orgulhar porque  são símbolos de luta e de trabalho que levaram a criar e formar os seus queridos filhos e filhas que são baluartes de referência da família Miquelino.
           Para a família Miquelino, apenas direi que foram felizes por terem uma Mãe, como a tia Laida e um Pai que sempre esteve ao seu lado da esposa, e, nos últimos tempos, lá estava o casalinho Miquelino, sentados no banco encostado ao café do mercado, conversando com o Chana-Rogério- Chico, Milo, Paulo Fá, João Careca entre outros amigos, acariciando o sol, cheirando a maresia ou vaticinando o tempo e o mar para amanhã, em que o tio Miquelino era um "expert" da Meteorologia e raramente falhava.... Era a experiência da vida, de um pescador em que o rio e o mar contavam os seus segredos...
         Para a família Miquelino, os sentidos pêsames de todos nós esposendenses, mesmo os que estão  longe da nossa terra-Fernando Rites-S.Luís do Maranhão no Brasil- entre outros, que também sentirão a falta da tia Laida do Miquelino.
           A tia Laida repousará no "trono Divino" porque as mulheres boas merecem o Céu.

Carlos Manuel de Lima Barros
Esposende 26 de dezembro de 2012