Numa
estratégia adotada conjuntamente pelo Município de Esposende e empresa
municipal Esposende Ambiente, durante a estação da primavera, preservam-se
espaços públicos do concelho com prado florido por cortar, no sentido de
aumentar a área de alimentação disponível para os insetos polinizadores.
Trata-se de uma importante medida, entre outras pequenas ações que têm vindo a ser desenvolvidas, para auxiliar estes insetos tão importantes para a humanidade, em linha com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
A existência de polinizadores é condição necessária para a existência de espaços verdes e ecossistemas urbanos saudáveis e resilientes, podendo as zonas urbanas constituir um refúgio importante para muitos polinizadores, fornecendo locais de alimentação e reprodução.
Qualquer cidadão pode igualmente dar o seu contributo, podendo seguir os conselhos presentes no guia de Conservação dos Polinizadores: https://quercus.pt/wp-content/uploads/2021/09/GuiaCidadaosConservacaoPolinizadores.pdf
Importa informar que dia 20 de maio se comemora o Dia Mundial da Abelha, uma iniciativa da ONU que teve início em 2018 e que tem por objetivo sensibilizar a população sobre o papel essencial das abelhas e dos outros polinizadores para a saúde humana e do planeta, assim como sobre os muitos desafios e ameaças que estas espécies enfrentam.
As abelhas são as principais responsáveis pela polinização entomófila das plantas. De acordo com a National Geographic, “2% das abelhas selvagens do planeta são responsáveis pela polinização de 80% das culturas mundiais”. Ou seja, apesar de existirem outros agentes polinizadores, como é o caso das borboletas, da mosca da fruta, tripes, alguns coleópteros, entre outros, as abelhas são as principais responsáveis por este processo. Isto quer dizer que sem abelhas a polinização fica comprometida, podendo originar escassez de alimentos com implicações diretas para a humanidade.
Estes insetos têm passado por cada vez maiores dificuldades, desde logo a diminuição de áreas naturais com presença de flora autóctone, a desregulação do ciclo das plantas, a utilização de biocidas como os inseticidas e os herbicidas, a presença de novos inimigos como a vespa asiática, entre outros. De referir ainda que, no ano passado, a mortalidade de abelhas domésticas foi muito elevada, tendo sido identificada como principal causa de morte a escassez de alimento.
Utilizando uma expressão de Einstein, Esposende partilha da opinião que “sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora; sem flora não há animais; sem animais não haverá raça humana”.
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