Obras
de arte de Juan Domingues inauguradas em Esposende e Marinhas
“Continuum” e “Moleirinhas”, da autoria do artista Juan Domingues, foram
produzidas no âmbito do Programa de Intervenções Artísticas e Comunidade “No
Minho não há aldeia melhor do que a minha!” que cruza arte em espaço público, artesanato, fotografia, música, dança e
literatura, em 24 municípios minhotos das as Comunidades Intermunicipais do Alto
Minho, Ave e Cávado.
No mural da rua da Central, Juan Domingues destaca “a trilogia que
retrata uma regateira que segura uma criança com a embarcação local (catraia)
nas mãos. De forma megalómana está representado S. Pedro, padroeiro da
comunidade piscatória”. Já relativamente ao mural que está no campo de S.
Miguel, em Marinhas, em forma de moinho, e com pinturas dos dois lados,
“pretende estabelecer o diálogo com a população local”, tendo surgido do
contacto com mulheres de Marinhas – “algumas com quase um século de vida”- que
permitiram perceber a importância que as moleirinhas tiveram, até aos anos
1960, quando o ciclo do pão conheceu o
auge e os moinhos da Abelheira eram o centro da economia local.
Para o presidente da Câmara Municipal de
Esposende, Benjamim Pereira, “Esposende é já uma referência, em termos de arte urbana,
na qual se integram as obras agora inauguradas. Esposende
evolui para cidade-museu, com obras de arte de reconhecido valor e simbolismo a
ocupar o espaço público. Ao roteiro modernista que reúne projetos de autor,
somam-se edificações de conceituados arquitetos contemporâneos e obras de arte
de reconhecidos artistas plásticos”, sublinhou.
De resto, este
investimento na arte urbana entronca no projeto “Esposende SmartCity”, do qual
fazem parte as obras "octo_ _ _ _”, de Pedro Tudela e Miguel Carvalhais,
“Padrão do Mar”, de Volker Schnüttgen e “Mulheres do Mar”, de Vhils.
Ao processo de
captação de obras de artistas plásticos associa-se todo o trabalho de
valorização dos artistas locais, através das oportunidades proporcionadas pelo
Município de Esposende de expor em espaços nobres.
“O Município
desenvolve-se de forma harmoniosa e, apesar do investimento que fazemos na
arte, não deixamos de atender àquelas que são as principais necessidades da
população. Estamos a fazer o melhor pelo nosso território e a aposta na arte
também é uma forma de melhorar a qualidade de vida, projetando Esposende,
atraindo turistas e novos habitantes”, argumentou o presidente da Câmara
Municipal de Esposende, apelando à compreensão da população.
A zet gallery é responsável pela coordenação artística do programa de
residências artísticas, tendo como curadora do projeto Helena Mendes Pereira
que, na inauguração das obras de arte, sublinhou “a visão que o Município de
Esposende tem para esta área. Esposende, terra de escultores, pintores e
artistas sabe acolher aqueles que trabalham a arte”.
Para o presidente da União de Freguesias de Esposende, Marinhas e
Gandra, Aurélio Neiva, “as obras de arte agora inauguradas representam a
comunidade local de forma fiel”.
Lembre-se que,
no âmbito do projeto Esposende SmartCity já foram inauguradas as obras
"octo_ _ _ _”, de Pedro Tudela e Miguel Carvalhais, “Padrão do Mar”, de
Volker Schnüttgen e “Mulheres do Mar”, de Vhils.
Juan Domingues
nasceu na Venezuela, filhos de pais
emigrantes, mas veio ainda na infância para Portugal, tendo iniciado o seu
percurso artistico desde cedo. Licenciou-se em pintura, na Escola Universitária
de Artes de Coimbra e, por entre diversas exposições individuais e colectivas,
conquistou o primeiro prémio na Bienal de Artes da Expofacic, em Cantanhede.
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