sexta-feira, 19 de agosto de 2022

De Carlos Barros

 

A água e o vinho…

 

Numa curta “viagem investigativa,”  nos meados de outubro de 1906, a um jornal mensal de Esposende, anunciava-se  o problema da falta de água que se fazia sentir nesses últimos meses e apelava-se à necessidade, com o máximo de interesse, na exploração das águas do Bouro.

Passados “longos tempos,” precisamente 196 anos, o problema da falta de água prevalece não só em Esposende, como no resto do País e urge tomar medidas sérias para debelar esta escassez, deste “precioso líquido”.

 Contudo, nessa publicação, esse jornal realçava a boa colheita de vinho, superior à do ano transato, quer na quantidade, quer na qualidade, sendo o melhor vinho , vendido entre 15 a 15.000 reis e  ia mais longe:

-“O novo ano há-de ser abundante em rixas, havendo grossa pancadaria e grande número de cabeças quebradas” e terminava com este “snobe”“adágio popular”:

- “ Deus superomnie”…

Por Esposende, as tascas ou tabernas eram frequentadas normalmente, por homens contudo, em determinadas aldeias/freguesias,  as mulheres eram assíduas nesses espaços, como em Vila Cova com a Maria da Branca, Catarina, Tapita e Maria Chêla, a conviverem  alegremente com os homens bebendo as suas tigelas do bom vinho produzido nesta  freguesia barcelense. O Mendes, Dr. Vale Lima, Adélio, Alice, entre outros, eram “grandes produtores de vinho” que era vendido para várias localidades, como em Esposende, Góios, Marinhas…

 

Esposende, 19 de agosto de 2022

 

“BÓIAS”

C.M.L.B.