Município avança com projeto
Desfibrilhação Automática Externa
O
Município de Esposende apresentou o Programa municipal de Desfibrilhação
Automática Externa (DAE) que, após a formação de 53 operacionais, vai colocar
seis aparelhos em edifícios municipais e no veículo da Proteção Civil
Municipal.
Implementar
um Programa de Desfibrilhação Automática Externa (PDAE) é assumir um
compromisso para salvar vidas. Aumenta a probabilidade de sobrevivência e
salvaguarda a qualidade de vida das pessoas que possam sofrer uma paragem
cardiorrespiratória. Por isso, o Município de Esposende desencadeou um programa
que passa pela preparação de operacionais (trabalhadores dos locais onde está
situado um desfibrilhador) e procedeu à instalação de aparelhos no edifício dos
Paços do Concelho, no Centro Interpretativo de S. Lourenço, na Casa da
Juventude, nos estádios do Marinhas e de Esposende e na viatura da Proteção
Civil.
A
desfibrilhação precoce enquanto objetivo é difícil de atingir, se efetuada
apenas por médicos, já que a PCR (Paragem cardiorrespiratória) ocorre, na
maioria das vezes, em ambiente pré-hospitalar. Face a esta realidade, foi
instituída e/ou regulamentada, em muitos países, a desfibrilhação por não
médicos.
Durante o ato de entrega dos aparelhos foram exemplificadas situações concretas, com transmissão dos procedimentos a adotar.
Para
o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, “a formação é
a parte essencial deste projeto”, depositando esperanças em que a formação seja
alargada, num futuro próximo, às escolas.
Reconhecendo
que o concelho “está muito bem servido em termos de socorro a vítimas”,
Benjamim Pereira disse que a escolha de locais onde existe grande concentração
de pessoas e onde se realiza a prática desportiva estiveram na base da
definição da distribuição dos aparelhos.
A
morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação
ventricular, que impede o coração de bombear o sangue. O único tratamento
eficaz para a fibrilhação é a desfibrilhação elétrica que consiste na
administração de choques elétricos ao coração parado, possibilitando que o
ritmo cardíaco volte ao normal. Nestes casos, a probabilidade de sobrevivência
é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a
desfibrilhação. Os dados são animadores, com uma taxa de sucesso de 76%.
A
experiência internacional demonstra que em ambiente extra-hospitalar, a
utilização de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) por pessoal não
médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas.
No entanto,
só a existência de uma Cadeia de Sobrevivência eficiente permite tornar a
Desfibrilhação Automática Externa (DAE) um meio eficaz para a melhoria da
sobrevida após paragem cardiorrespiratória (PCR) de origem cardíaca.
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