Esposende continua combate às espécies invasoras
O Município de Esposende continua o combate às espécies invasoras. Ao longo de todo o ano, a Câmara Municipal, em parceria com a Cooperativa Agrícola de Esposende, assegura a destruição dos ninhos da vespa velutina, espécie animal invasora que causa elevados prejuízos nos sectores agrícola, apícola e ambiental.
A Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI), que decorre até 18 de outubro, visa aumentar a sensibilização sobre as invasões biológicas. Neste contexto, importa saber que a introdução de espécies não indígenas causa inúmeros desequilíbrios ambientais e prejuízos económicos.
A vespa
velutina é nociva por várias razões, nomeadamente porque se alimenta de
abelhas; provoca prejuízos na agricultura, especialmente nas culturas cuja
frutificação depende da polinização entomófila; tem impactos negativos em
alguns ecossistemas, atendendo que de se alimenta de forma generalizada de
outros insetos, cujo impacto não está ainda determinado; e pode constituir
ameaça à segurança de pessoas, uma vez que a sua picada já foi responsável por
algumas mortes em Portugal.
A adaptação
desta espécie ao clima do país tem-se revelado dinâmica, como tal, a resposta
também passa por uma gestão adaptativa. A espécie, que supostamente hibernaria,
tem apresentado atividade durante todo o ano, entre outras alterações de
comportamento que se vão verificando.
No território
concelhio, de forma proativa elaboraram-se armadilhas, com materiais gratuitos
e reutilizáveis, no sentido de permitir uma captura adicional de indivíduos,
especialmente de fundadoras, que dariam origem a novos ninhos. Os resultados
das capturas têm-se revelado animadores, na medida que se vão testando e
substituindo novos tipos de iscos.
O número de
ninhos desta espécie, detetados e destruídos no concelho, vieram gradualmente a
diminuir, apresentando uma aparente estabilização. Em 2014 foram 248, em 2015 registaram-se
170, em 2016 165 ninhos, em 2017 foram 165, em 2018 os dados referem 164 e, em
2019, 155 ninhos, totalizando 1 067 ninhos. Assim, tendo o número de ninhos
estabilizado, para tentar diminuir mais ainda este número, este ano a autarquia
avançou com a colocação de armadilhas, se bem que os apicultores do concelho
também tenham a prática de colocar armadilhas, que contribuem, em grande
medida, para o combate a esta espécie invasora.
O combate às
espécies invasoras, nomeadamente à vespa velutina, enquadra-se no cumprimento
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, nomeadamente
no que se refere ao ODS 15 – Proteger a Vida Terrestre e ao ODS 17 – Parcerias
para a Implementação dos Objetivos de Sustentabilidade.
Refira-se que,
ainda no âmbito da Semana Nacional sobre Espécies Invasoras, o Município, em
parceria com a Associação Florestal do Cávado, através da equipa de sapadores
florestais, está a promover o controlo de pequenos núcleos de acácias.
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