Os Verdes Exigem a Urgente Reabilitação da Escola Secundária de Barcelinhos
Os Verdes entregaram na Assembleia da República um Projeto de Resolução onde recomendam ao Governo que desenvolva as medidas necessárias para a urgente reabilitação da Escola Secundária de Barcelinhos, publique, no prazo de três meses, o plano de intervenção desta escola, com compromissos claros quanto ao prazo máximo para a execução das intervenções necessárias e avance, no imediato, com o processo de remoção de todas as placas de fibrocimento deste estabelecimento escolar.
A Escola Secundária de Barcelinhos, tem cerca de 600 alunos, que infelizmente não encontram neste espaço as condições físicas necessárias, para a respetiva aprendizagem e toda a comunidade escolar acaba por ser prejudicada, uma vez que os laboratórios de Física, Química e Biologia estão a necessitar de obras de adaptação e melhoramento para as atividades que são realizadas diariamente.
Para Os Verdes, a degradação das instalações bem visível, com infiltrações de água que escorre pelas paredes e chove dentro das salas, as casas de banho que apresentam um elevado estado de degradação, acrescendo que o telhado do edifício é constituído por placas de fibrocimento, contendo amianto, não assegura as condições indispensáveis à concretização do direito à educação, nem proporciona condições dignificantes a toda a comunidade escolar.
O Grupo Parlamentar Os Verdes
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 1625/XIII/3ª
Reabilitação urgente da
Escola Secundária de Barcelinhos - Barcelos
A
Escola Secundária de Barcelinhos, situada nesta freguesia, é uma escola urbana
que se encontra numa das três freguesias que compõe a cidade de Barcelos e encontra-se
em funcionamento desde 1986.
Para
além do edifício datado dessa altura, esta Escola dispõe ainda de dois
pré-fabricados construídos mais recentemente para fazer face às necessidades da
comunidade escolar.
Este
estabelecimento de ensino tem cerca de 600 alunos, que infelizmente não
encontram neste espaço as condições físicas necessárias, para a respetiva aprendizagem
e toda a comunidade escolar acaba por ser prejudicada, uma vez que os laboratórios
de Física, Química e Biologia estão a necessitar de obras de adaptação e
melhoramento para as actividades que são realizadas diariamente.
Na
verdade, ao contrário de outras escolas do concelho de Barcelos, que foram alvo
de reabilitação e modernização, na Escola Secundária de Barcelinhos os
professores e alunos continuam a ter que trabalhar em quadros a giz desgastados
onde já é dificíl escrever e mais difícil ler o que está escrito.
Não
existe aquecimento e as caixilharias das janelas, antigas, estão danificadas, o
que torna as salas muito frias no Inverno e muito quentes e abafadas no Verão.
O espaço sala de aula é, no presente, um espaço muito desconfortável e sem
condições. A acrescer aos problemas do edifício de origem, os pré-fabricados são
de madeira não tendo as condições necessárias para as actividades diárias,
inclusivé, não estão equipadas com projetores.
A
degradação das instalações é bem vísivel, com inflitrações de água que escorre
pelas paredes e chove dentro das salas. As casas de banho apresentam um elevado
estado de degradação.
Para
além de tudo isto, o telhado do edifício é constituído por placas de
fibrocimento, contendo amianto, uma substância altamente perigosa para o
ambiente e para a saúde pública, que foi utilizada na construção de muitas
escolas.
De
facto, apesar dos muitos apelos e exigências dos Verdes para a urgente remoção do
amianto em todos os edifícios públicos, visto tratar-se de uma substância
perigosa para a saúde pública e para o ambiente, infelizmente em 2018, muitos
são os estabelecimentos de ensino que contém ainda essa substância perigosa.
Por
outro lado, e apesar desta escola ter um auditório para as diversas atividades
escolares, este apresenta-se desajustado às necessidades da comunidade escolar,
tal como a falta de acessibilidade para alunos com mobilidade reduzida.
Os
alunos que frequentam esta escola vêem-se assim privados de um espaço físico
com as condições necessárias para uma aprendizagem de boa qualidade. Os
professores e actividades oferecidas pela escola são elogiadas, no entanto o
espaço escolar impede a concretização das mesmas em condições aceitáveis.
Por
mais dedicação e esforço por parte dos docentes, não é possível formar cidadãos
com uma sólida educação pessoal, social e científica numa escola húmida e fria,
sem as condições mínimas de conforto.
Não
é possível que se desenvolvam as capacidades/competências necessárias para um
bom desempenho profissional e pessoal, com autonomia e espírito crítico. No
entanto, o trabalho dos professores e dos funcionários é elogiado pelos alunos
que apresentam um excelente trabalho, apesar da degradação do estabelecimento
de ensino. Prova disso foi a participação de um aluno da Escola Secundária de
Barcelinhos, na Assembleia Municipal de 23 de fevereiro último, onde levou as
dificuldades sentidas por toda a comunidade escolar, pedindo para que se
resolvesse uma situação de injustiça.
Neste
momento e face à situação desta Escola, fica claro que a igualdade de
oportunidades está a ser negada a todos os alunos que frequentam, entre tantas
outras, esta escola. A incúria dos sucessivos governos conduziu o país a uma
situação de marcadas assimetrias regionais e a Escola Pública, deveria ser o
espaço onde todos tivessem as mesmas oportunidades.
Assim, nos termos constitucionais
e regimentais aplicáveis, os deputados do Partido Ecologista Os Verdes,
apresentam o seguinte Projeto de Resolução, propondo que a Assembleia da
República recomende ao Governo que:
1. Desenvolva
as medidas necessárias para a urgente reabilitação da Escola Secundária de
Barcelinhos, indispensável à concretização do direito à educação e como forma
de proporcionar condições dignificantes a toda a comunidade escolar.
2. Publique,
no prazo de três meses, o plano de intervenção desta escola, com compromissos
claros quanto ao prazo máximo para a execução das intervenções necessárias.
3. Avance,
no imediato, com o processo de remoção de todas as placas de fibrocimento deste
estabelecimento escolar.
Assembleia
da República, Palácio de S. Bento, 17 de maio de 2018.
Os
Deputados,
José Luís Ferreira Heloísa Apolónia