Os Verdes alertam para a necessidade urgente
de medidas de prevenção de incêndios e ordenamento da Floresta Portuguesa
Segundo os dados provisórios divulgados ontem pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), nos primeiros sete meses deste ano já arderam 28781 ha de espaços florestais - a segunda maior área ardida do decénio, depois dos 68 mil em 2012, e a terceira desde 2005.
Trata-se de um dos períodos mais severos em termos de incêndios com o quinto maior número de ocorrências desde 2005. Em relação ao ano passado, o agravamento é muito expressivo: arderam mais 21206 ha (280%) do que o total queimado até esta altura.
A situação de severidade meteorológica que tem caracterizado este ano - e com tendência a agravar-se e a repetir-se no futuro – devido ao agravamento do fenómeno das alterações climáticas, para o qual Os Verdes têm, desde sempre, alertado, leva ao aumento da tendência da ocorrência de incêndios.
Perante esta situação gravosa, associada ao facto de que o Governo continua a ignorar a urgência da aplicação de uma política de defesa e preservação da nossa floresta, bem como de prevenção de incêndios, torna-se urgente a implementação de medidas efetivas de prevenção, e não apenas de combate.
O Partido Ecologista «Os Verdes» considera urgente a aplicação de uma política de fundo que promova o ordenamento da floresta portuguesa, com a plantação de espécies autóctones, investimento na prevenção e limpeza, concretização do cadastro florestal, fiscalização efetiva e o fim da expansão das culturas de eucalipto. A defesa de uma floresta viva, fonte de vida, de riqueza e biodiversidade, uma floresta de usos múltiplos, económica e ambientalmente sustentável, e protegida contra o drama anual dos incêndios florestais deve ser cada vez mais uma prioridade.
O PEV pretende ainda deixar, através desta nota de imprensa, um profundo agradecimento a todos os bombeiros portugueses que têm lutado fortemente contra o flagelo dos incêndios que, todos os anos, deixam o nosso País mais pobre.
O Partido Ecologista “Os Verdes”
Lisboa, 7 de Agosto de 2015