O Município de Esposende tudo fará para repor a
normalidade com a maior brevidade possível depois da intempérie que se abateu
sobre o concelho, na madrugada do dia 22 de Outubro.
A garantia foi deixada pelo Presidente da Câmara
Municipal de Esposende, Benjamim Pereira, esta manhã, em conferência de
imprensa, realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho, para fazer o balanço
da ocorrência que afectou todo o concelho, com maior incidência em algumas
freguesias.
Inundações em moradias, caves e garagens, derrocadas de
muros e abatimentos do piso em estradas municipais e nacionais foram algumas
das situações que obrigaram à intervenção dos diversos agentes da protecção
civil, nomeadamente Bombeiros, GNR, Juntas de Freguesia, Câmara Municipal e
empresa municipal Esposende Ambiente, num total de cerca de cerca de 70
elementos, apoiados por duas dezenas de viaturas.
Aos Bombeiros Voluntários de Esposende e de Fão chegaram
cerca de 60 pedidos de ajuda, a Esposende Ambiente contabilizou 94 registos de
ocorrências, concretamente relativas a rupturas nas redes de abastecimento de
água e de águas pluviais, e a GNR acorreu a diversas situações de obstrução das
vias rodoviárias.
As situações mais graves registaram-se nas freguesias de
Gemeses e de Rio Tinto, motivando o corte de vias, mas foi na cidade de
Esposende que se verificaram as maiores inundações, às quais não escapou o
Auditório Municipal de Esposende e o Hospital Valentim Ribeiro, assim como a
fábrica de condutores eléctricos Solidal.
No encontro com os jornalistas, o Presidente da Câmara
Municipal referiu que o Município, em articulação com outras entidades, está já
a trabalhar no sentido de fazer uma avaliação dos danos, para, posteriormente, analisar
se haverá fundamento para avançar com o pedido de declaração do estado de
calamidade.
Benjamim Pereira avaliou os prejuízos de “dezenas e
dezenas de casos”, em “centenas de milhares de euros” e garantiu o empenhamento
total da Autarquia para repor a normalidade tão breve quanto possível, o que,
não obstante as limitações de ordem financeira, obrigará à canalização de
fundos para resolver problemas que são competência do Município.
O Presidente da Câmara Municipal expressou uma palavra de
conforto às pessoas que sofreram danos e agradeceu o empenho de todos os
agentes da protecção civil, registando o facto de não haver danos humanos. “É a
parte boa de todo este processo infeliz”, afirmou.
Assinalando que o que se verificou foi uma “situação
anormal”, com elevada precipitação num curto espaço de tempo, Benjamim Pereira
assegurou que a prevenção não falhou e que todos os meios foram accionados, por
forma a dar resposta às solicitações, ressalvando que, atendendo ao volume de
ocorrências, não era possível atender a todas as situações ao mesmo tempo.
Recusou, por isso, as críticas de inoperância às entidades envolvidas.
Em jeito de alerta, assinalou que “as pessoas não estão
sensíveis aos alertas” e pediu para que, de futuro, “as populações levam a
sério os alertas e ponham os seus bens a salvo”, até porque cada cidadão é um
agente da protecção civil.
O Serviço de Comunicação e Imagem da
CME
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