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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

"O Ano Velho em Esposende"

"entre aspas"


Textos selecionados
"À porta das tascas mais afamadas, parava o cortejo para que os carregadores descansassem, dando previsivelmente ensejo a uma animada rodada de tintol e oportunidade para que os frequentadores fitassem o estafermo. Nestas circunstâncias, lançavam sobre a vítima os mais acutilantes impropérios e injúrias, do pior que a língua contém em termos vernáculos, bem se vê. Era também ocasião para se juntarem à comitiva mais uns tantos acompanhantes, maioritariamente mulheres de luto ou gente que maiores lamentações tinham a fazer sobre o ano que estava prestes a finar.”
in HENRIQUES, Armando Meira Marques – O Ano Velho em Esposende. Esposende: Junta de Freguesia de Esposende, 2002.

domingo, 29 de novembro de 2009

VALENTIM RIBEIRO DA FONSECA – NAS ONDAS DA VIDA

“entre aspas”
Textos selecionados
Introdução
“Quis um feliz capricho do destino que me viesse parar às mãos um livrinho encadernado em pele, manuscrito, cheio de memórias, cheio de vida de um Homem sobre quem sempre ouvira falar com respeito.
Viajei por caligrafias cuidadas, por documentos solenes, por temas polêmicos, por contas rigorosas, por cartas duras, por alegrias contidas, por angústias abafadas, enfim... viajei profundamente no espaço e no tempo!
Interessei-me por aquela vida... porque a vida se vai montando com passos certos, uma soma de pequenos nadas e também de grandes obras.
Partiu ainda menino, arrancado ao conforto do colo de sua mãe, com um mar de saudades de seu pai a quem viu morrer muito novo, viajando inocente através de um enorme oceano, procurando em terras do Brasil não sabia bem o quê, nem porquê.
Cedo encontrou no trabalho ao qual se agarrou, a força motriz e o fio condutor de um projecto que de tão bem definido, não permitia desvios.
As promessas que deixara em Esposende, nas mãos de quem mais gostava, de ajuda a quem mais precisava, sempre orientaram a sua alma. Aos pobres que deixara na sua terra, da vila e de Tarroso, quis “apenas” ajudar a aliviar o seu sofrimento, e se ajudou...
(...)
E não foi raro vê-lo, sete horas da manhã, de sobretudo e chapéu de aba larga descendo as escadas de sua casa, a da Rua Direita, fechar o portão com cuidado e caminhar firme de mãos atrás das costas, curvando-se na passagem pela porta da Igreja Matriz, seguindo o seu destino até o Hospital, o novo, o seu...
(...)
E para que lhe não doa mais a vala comum do esquecimento a que tão injustamente foi sujeito durante tantos anos, deixo aqui o meu testemunho da sua vida que de tão cheia, merece destaque!
João Paulo Ribeiro da Fonseca
Esposende, 1 de novembro de 2005”

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A Catraia de Esposende

"entre aspas"
Textos selecionados
"Quem se não lembra das últimas grandes Catraias de Esposende, ainda há bem poucos anos abatidas?
Quem se não lembra de as ver entrar na barra de velas enfunadas em manhãs de nortada branda?
A "Cruz de Cristo" do Ti Manel Chora, a "Senhora da Saúde" do Ti Abílio Calica, a "Senhora das Dores" do Libra, a "Sto. António" do Tuta e a maior de todas a "Santa Maria dos Anjos" do Manel da Fanada e depois pilotada pelo Ti Albano Laca."
in FELGUEIRAS, José ; BAPTISTA, Ivone – A catraia de Esposende. Esposende: Forum Esposendense, 1993.