sexta-feira, 20 de junho de 2025

Esposende assinalou centenário do Farol de Esposende

 

 

Esposende assinalou o Centenário do Farol de Esposende, numa atividade cultural decorrente da parceria entre o Município e o Museu Marítimo de Esposende que pretende enfatizar a ligação do guia dos navegantes à comunidade e à própria definição da paisagem local.  A cerimónia contou com as conferências proferidas pelo faroleiro-chefe aposentado Armindo Nogueira da Silva (que prestou serviço no farol de Esposende entre 1986 e 1990) e pelo Capitão-de-mar-e-guerra, Pedro Miranda de Castro, diretor de Faróis.
Rui Losa, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Esposende assinalou a “referência incontornável que é o farol na paisagem de Esposende, sendo um marco para a comunidade. A construção de um farol em Esposende foi um gesto de compromisso com aqueles que trabalham no mar, mas também um sinal de que Esposende sempre soube olhar para o futuro”.
Aludindo ao projeto da Câmara Municipal de Esposende para o Forte S. João Baptista que permitirá conferir outro enquadramento ao farol e alicerçar estudos a ele associados, Rui Losa reafirmou o compromisso de “preservar o património cultural marítimo e desenvolver ações que levem este património  ao conhecimento da população”.
Fernando Ferreira, diretor do Museu Marítimo de Esposende, enalteceu todo o papel dos inúmeros faroleiros que prestaram serviço neste equipamento e que “criaram laços com a comunidade local”.
Armindo Nogueira da Silva, Chefe de Farol aposentado, contextualizou a constituição do museu dedicado aos faróis e sob a alçada da Direção de Faróis. Foram as peças que faziam parte do espólio do farol de Esposende que serviram de base ao acervo agora ali exposto”.
Por seu turno, Pedro Miranda de Castro, diretor de Faróis, sublinhou o interesse que esta temática desperta junto das comunidades ligadas ao mar e aos rios. “A origem da construção dos faróis está associada à fé e à salvação das almas”, lembrou, remetendo posteriormente para um decreto de Marquês de Pombal que, após o terramoto de 1755, num alvará datado de 1758, estabeleceu a construção de faróis como uma responsabilidade oficial.
O diretor de Faróis informou que existem 53 faróis em Portugal (30 dos quais no continente) e que o sistema de segurança da costa integra, ainda, 260 farolins, 63 boias, 21 balizas e 8 sinais sonoros, vulgarmente denominados “ronca”, sendo que está em fase de desativação este último equipamento.
O atual farol de Esposende entrou em funcionamento  a 10 de Abril de 1925. Antes, entre 1866 e 1925, funcionou na barra de Esposende um "farolim lenticular", montado num candelabro de ferro, dentro do forte, à entrada da barra”.
Com esta ação, o Município de Esposende está a contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, metas transversais a todas as áreas de gestão municipal.