Durante o mês de janeiro, encontram-se abertas as candidaturas para a 5ª edição do Prémio Literário Manuel de Boaventura, uma iniciativa promovida com o objetivo de homenagear o legado deste ilustre escritor e incentivar a criação literária em língua portuguesa.
O prémio destina-se a autores maiores de 18 anos, com obras editadas em livro e escritas em língua portuguesa, cuja primeira edição tenha ocorrido durante os anos de 2023 e 2024. Este prémio de periodicidade bienal foi instituído pelo Município de Esposende, com o intuito de homenagear e divulgar o escritor e homem de cultura esposendense.
O vencedor do Prémio Literário Manuel de Boaventura 2025 receberá uma distinção monetária de 7 500 euros e contempla a modalidade da criação narrativa de Romances ou de Contos da autoria de escritores de língua portuguesa. Os trabalhos submetidos serão avaliados por um júri composto por figuras de destaque no panorama literário e cultural, que terá como critérios principais a originalidade, a qualidade literária e a relevância temática das obras.
Os concorrentes deverão enviar as obras literárias enviadas via CTT, com registo e aviso de receção, para o endereço: Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, Rua Dr. José M. Oliveira, 4740-265 Esposende, até dia 31 de janeiro de 2025.
Este prémio literário, já uma referência no panorama cultural, reflete o compromisso contínuo com a promoção da cultura e a celebração do talento literário.
Para mais informações:
Deverá ser consultado o regulamento disponível online, no site do Município, em:
https://www.municipio.
Alguns Prémios Manuel de Boaventura
Na primeira edição, em 2017, o Prémio foi atribuído à escritora Ana Margarida de Carvalho, autora da obra “Não se pode morar nos olhos de um gato”.
Em 2019, Filipa Martins viu reconhecida a sua obra “Na Memória dos Rouxinóis”.
Em 2021, o escritor moçambicano Mia Couto venceu, com o romance “O Mapeador de Ausências”.
Em 2023, Rui Couceiro, com “Baiôa sem data para morrer”, foi o vencedor, ex-aequo, com a escritora brasileira Giovana Madalosso, com “Tudo pode ser roubado”.
Manuel Joaquim de Boaventura
Natural de Vila Chã, onde nasceu em 1885, Manuel Joaquim de Boaventura fixou residência, em 1906, na freguesia de Palmeira de Faro, onde escreveu toda a sua obra literária, composta por dezenas de títulos e uma notável colaboração jornalística nas principais revistas e jornais nacionais.
A sua paixão pela cultura local, pelos hábitos e costumes do Minho, pelo linguarejar típico, levaram-no a coligir e publicar, entre outras, uma extraordinária obra, Vocabulário Minhoto.
Nos seus romances e contos, reconhece-se a escrita da terra, os vocábulos lugareiros, as romarias e festas, o mundo maravilhoso de lendas, bruxas, gnomos, lobisomens, fadas e diabos, a narrativa humorística e emotiva dos costumes e paisagens de Entre Douro e Minho, especialmente o seu “terrunho” Natal.
Manuel de Boaventura faleceu a 25 de abril de 1973, em Esposende.