Município de Esposende e Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto reconhecem personalidades através deste prémio
Município de Esposende e Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto reconhecem personalidades através deste prémio Maria Teresa Horta foi hoje distinguida com o Prémio Rodrigues Sampaio,
galardão com que o Município de Esposende e a Associação dos Jornalistas
e Homens de Letras do Porto reconhecem personalidades que, pelo seu
trabalho nas áreas da cultura e da comunicação
social, contribuam para uma sociedade mais inclusiva e mais crítica. O
Prémio Rodrigues Sampaio foi instituído nos anos cinquenta do século XX
e, pela primeira vez, foi entregue, este ano, a uma mulher.
“É impossível falar de Maria Teresa Horta sem reconhecer o impacto que a
sua obra e a sua trajetória tiveram na cultura portuguesa e na luta
pelos direitos das mulheres em Portugal”, evocou o presidente da Câmara
Municipal de Esposende, Guilherme Emílio, sublinhando
ainda o significado especial desta edição do Prémio Rodrigues Sampaio.
Para Guilherme Emílio, “esta homenagem perpetua a memória de Rodrigues
Sampaio, um dos filhos mais ilustres do Concelho de Esposende e um dos
maiores defensores da liberdade de expressão em Portugal”.
“Este é um momento histórico, pois pela primeira vez, desde a sua
criação nos anos 50, este galardão é atribuído a uma mulher. Esta
conquista não
é apenas simbólica; é um convite à reflexão. Como sociedade, cabe-nos
continuar a lutar pela consagração plena dos direitos das mulheres, sem
reservas ou preconceitos”, argumentou o presidente da Câmara Municipal
de Esposende.
Francisco Duarte Mangas, presidente da Associação dos Jornalistas e
Homens de Letras do Porto fez o enquadramento histórico do prémio com o
nome de Rodrigues Sampaio, destacando o facto de Maria Teresa Horta ter
sido a primeira mulher a receber o prémio, justificado
pela “persistência na defesa da igualdade de género, antes e depois do
25 de Abril”, pautando a sua intervenção por uma “sempre generosa
intervenção cívica”.
José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores e
representante de Maria Teresa Horta destacou o facto de este prémio
“honrar uma das figuras nucleares da literatura portuguesa”. Assim,
Maria Teresa Horta representa o “feminismo como essencialidade
“, fator “impreterível na realização do justo, base de uma sociedade
bem constituída”.
A cerimónia ficou marcada por momentos de música e declamação de poemas
de Maria Teresa Horta, por Mafalda Eiras e pela guitarra de Luís Melo.