Candidaturas ao Prémio Literário Manuel de Boaventura 2023 decorrem em janeiro
As candidaturas ao
Prémio Literário Manuel de Boaventura 2023 vão decorrer ao longo do próximo mês
de janeiro.
Conforme estipulado no novo regulamento, podem concorrer à quarta edição do prémio autores maiores de 18 anos, com obras de Romance ou de Conto editadas em livro, em língua portuguesa, durante os anos de 2021 e 2022.
Os concorrentes deverão enviar as obras literárias via CTT, com registo e aviso de receção, para o endereço: Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, Rua Dr. José M. Oliveira, 4740-265 Esposende. Para mais informações deverá ser consultado o regulamento disponível online, no site do Município: www.municipio.esposende.pt/pages/980.
A avaliação das obras a concurso caberá a um júri constituído por dois críticos literários de reconhecido mérito académico e por um representante da Câmara Municipal de Esposende.
O Prémio Literário Manuel de Boaventura foi instituído pelo Município de Esposende com o intuito de homenagear e divulgar este escritor e homem de cultura esposendense. Com periodicidade bienal e o valor pecuniário de 7 500 euros, o prémio foi atribuído na primeira edição, em 2017, à escritora Ana Margarida de Carvalho pela obra “Não se pode morar nos olhos de um gato”, seguindo-se, em 2019, Filipa Martins, pelo livro “Na Memória dos Rouxinóis” e, em 2021, ao escritor moçambicano Mia Couto, com o romance “O Mapeador de Ausências”. Todas estas obras que integram o espólio bibliográfico da Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura.
Natural de Vila Chã, onde nasceu em 1885, Manuel Joaquim de Boaventura fixou residência, em 1906, na freguesia de Palmeira de Faro, onde escreveu toda a sua obra literária, composta por dezenas de títulos e uma notável colaboração jornalística nas principais revistas e jornais nacionais. A sua paixão pela cultura local, pelos hábitos e costumes do Minho, pelo linguarejar típico, levaram-no a coligir e publicar, entre outras, uma extraordinária obra, Vocabulário Minhoto. Nos seus romances e contos, reconhece-se a escrita da terra, os vocábulos lugareiros, as romarias e festas, o mundo maravilhoso de lendas, bruxas, gnomos, lobisomens, fadas e diabos, a narrativa humorística e emotiva dos costumes e paisagens de Entre Douro e Minho, especialmente o seu “terrunho” natal. Manuel de Boaventura faleceu a 25 de abril de 1973, em Esposende.
O Serviço de Comunicação e Imagem da CME
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